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Janot pede depoimento de Aécio em investigação sobre Furnas em até 90 dias

Procurador-geral da República pediu ao STF nesta segunda-feira a reabertura da investigação contra o tucano

Por Da Redação 2 Maio 2016, 19h35

No pedido para investigar o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, o procurador-geral da República Rodrigo Janot solicita que Aécio preste depoimento ao Ministério Público Federal em um prazo de até três meses, assim como outras pessoas supostamente envolvidas no esquema de corrupção em Furnas, como o ex-diretor da estatal Dimas Toledo. O procurador-geral também pede à Polícia Federal que colete indícios entre o material já apreendido na Operação Lava Jato para a apuração das suspeitas.

Janot havia recomendado ao STF o arquivamento da investigação contra Aécio em março, mas agora pede a reavaliação do caso diante das novas informações trazidas na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), homologada pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, também em março. Caso o STF autorize a abertura do inquérito, o tucano será investigado por eventuais crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em Furnas.

Em depoimentos prestados aos investigadores do Ministério Público Federal, Delcídio relatou um diálogo mantido com o ex-presidente Lula, em que o assunto foi a influência de Aécio na diretoria de Furnas comandada por Dimas Toledo, a quem cabia administrar contratos de terceirização. Segundo o ex-petista, em uma viagem em maio de 2005, Lula quis saber quem era Toledo e disse: “Eu assumi e o Janene veio pedir pelo Dimas. Depois veio o Aécio e pediu por ele. Agora o PT, que era contra, está a favor”. Na sequência, Lula concluiu: “Pelo jeito ele está roubando muito”.

Outro delator da Lava Jato a implicar o presidente do PSDB em suposta corrupção em Furnas é Alberto Youssef. O doleiro afirma que Aécio recebia, por intermédio de sua irmã Andrea Neves, valores mensais da Bauruense. Segundo a PGR, a empresa recebeu 826 milhões de reais da estatal entre 2000 e 2006. As investigações a partir da delação de Youssef foram arquivadas por falta de provas.

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Além do suposto envolvimento no esquema em Furnas, Rodrigo Janot cita no pedido de investigação a Fundação Bogart & Taylor, supostamente mantida por Inês Maria Neves Faria, mãe de Aécio, no paraíso fiscal europeu de Liechtenstein. “Referidas informações constituem um conjunto harmônico e apontam para a verossimilhança dos fatos descritos”, escreveu Janot.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, Aécio Neves classifica as denúncias sobre Furnas como “temas antigos” e diz considerar “natural que seja feita a devida investigação sobre as declarações dadas” por Delcídio do Amaral. “(As investigações) irão demonstrar, como já ocorreu outras vezes, a correção da sua conduta”, afirma o texto.

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