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Janot pede ao STF abertura de 3º inquérito contra Cunha

Novo pedido de investigação na Lava Jato tem como base as delações de empresários da Carioca Engenharia, que acusam o deputado de ter recebido propina no exterior

Por Da Redação
29 fev 2016, 23h22

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de abertura de um terceiro inquérito contra o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no âmbito da Operação Lava Jato. O pedido deve ser analisado pelo relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, para que a investigação tenha início. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nova solicitação tem como base as delações dos empresários da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, que acusam Cunha de ter recebido propina em contas no exterior. A Carioca Engenharia é sócia da Odebrecht e da OAS na concessionária Porto Novo, responsável pela revitalização da zona portuária do Rio.

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A suspeita dos investigadores é de que Cunha tenha pedido propina no valor de 52 milhões de reais para intermediar a liberação de verbas do FI-FGTS para empresas e recebido os valores em contas na Suíça e Israel. A intenção era levantar 3,5 bilhões de reais em recursos do fundo, de uma só vez, para viabilizar o projeto do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Para procuradores ligados ao caso, o peemedebista se valia de sua influência junto ao ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto para negociar as liberações.

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Inquéritos – Cunha já é alvo de uma denúncia e de mais um inquérito perante a Corte. A primeira investigação aberta contra o parlamentar na Lava Jato apurou o recebimento de 5 milhões de dólares em propina por contratos de compras de navios-sonda pela Petrobras. Por este fato, Cunha foi acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O plenário do STF agendou para a próxima quarta-feira o julgamento sobre o recebimento da denúncia de Cunha.

A segunda investigação contra o parlamentar, aberta desde outubro do ano passado, tem como base a existência de contas na Suíça que teriam Cunha e a família como beneficiários. Ele, a esposa e uma de duas filhas são investigados no STF com base em documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil em outubro, com suspeita de que um contrato de 34,5 milhões de dólares fechado pela Petrobrás em 2011, no Benin, na África, serviu para irrigar as quatro contas no país europeu que tinham como beneficiários Cunha e sua esposa.

A defesa de Cunha informou que ainda não tomou conhecimento do pedido de abertura do inquérito.

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(Com Estadão Conteúdo)

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