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Jair Bolsonaro descarta tirar Ricardo Salles do governo

Futuro ministro do Meio Ambiente foi condenado em ação por improbidade administrativa; presidente eleito entende que decisão é fruto de disputa política

Por Da Redação Atualizado em 21 dez 2018, 17h48 - Publicado em 21 dez 2018, 16h14

Embora alguns integrantes do governo Jair Bolsonaro (PSL) considerem delicada a situação do futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles, condenado em primeira instância por improbidade administrativa, a decisão do presidente eleito é mantê-lo no cargo. Salles ainda pode recorrer da decisão da Justiça paulista.

De acordo com interlocutores do presidente eleito, a resistência de Bolsonaro em tomar atitudes contra o futuro titular do Meio Ambiente vem da avaliação de que a condenação dele seria fruto de uma disputa política, não de desvio ou corrupção, e representaria ação contra as próprias posições do novo governo em relação à área ambiental.

A posição do presidente eleito de manter a indicação de Salles, no entanto, está sendo questionada por alguns assessores. Há um entendimento de que isso enfraqueceria o discurso de que indicados com condenação ou problemas com a Justiça não permaneceriam no governo. Os mesmos auxiliares avaliam que a manutenção passaria sinais trocados à opinião pública e poderia deixar em situação delicada o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato.

Nesta quinta-feira, 20, ao ser questionado sobre o assunto, por exemplo, o futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, disse que, de forma geral, “ficha suja não fica no governo”. “Não vou falar especificamente sobre ele (Salles), porque não conheço detalhes que envolvem o processo. Mas, de forma geral, o que o presidente Jair Bolsonaro já disse foi que ficha suja não vai ficar no governo”, disse Bebianno.

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Salles passou o dia em Brasília, trabalhando na transição, e confirmou o nome do procurador da Advocacia-Geral da União Eduardo Fortunato Bim para o Ibama.

Jair Bolsonaro disse no início do mês, em Brasília, que usará sua “caneta Bic” para substituir membros de seu governo “havendo qualquer comprovação, obviamente, ou uma denúncia robusta contra quem quer seja”. A declaração foi dada no contexto da abertura de inquérito para apurar se o futuro ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni recebeu caixa dois em duas oportunidades, em 2012 e 2014. As acusações foram feitas por delatores do grupo J&F.

(Com Estadão Conteúdo)

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