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Ipea: choque de egos e cabide de emprego de aliados

Instituto de pesquisa tornou-se mais um posto para abrir apoiadores do PT durante o governo Lula

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 abr 2014, 20h38

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) se transformou, nos últimos anos, em reduto de disputas políticas e embate de egos. No final do governo Lula e início do governo Dilma Rousseff, sob a presidência do economista petista Márcio Pochmann, o instituto criado para produzir pesquisas voltadas a uma política estratégica do país, teve um de seus momentos mais sombrios, começando a se transformar, nas palavras de funcionários, em um verdadeiro órgão de propaganda governamental.

A autarquia havia se tornado uma espécie de trampolim político para seu presidente, que sonhava em conquistar a prefeitura de Campinas. A gestão de Pochmann sempre foi marcada por suspeitas de aparelhamento político-partidário. Servidores do Ipea apontam, por exemplo, que nos últimos anos pesquisas elaboradas pelo instituto eram pré-concebidas para produzir resultados específicos. Sob a mesma gestão, pesquisadores foram orientados a rejeitar pesquisas cujos temas fossem avessos ao governo, como a defesa das privatizações.

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Com a saída de Pochmann para disputar a prefeitura de Campinas pelo PT – ele perdeu a disputa para Jonas Donizete (PSB) – o instituto, que poderia retomar seus projetos de pesquisa normalmente, permaneceu nas rodas da barganha política e se transformou em moeda de troca do PMDB para se cacifar na Esplanada dos Ministérios.

Para acomodar o ex-governador do Rio de Janeiro Wellington Moreira Franco (PMDB) no primeiro escalão dilmista, o Ipea foi passado para o guarda-chuva na inexpressiva Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), uma pasta pensada politicamente pelo ex-presidente Lula apenas para abrigar outro aliado de ocasião, Roberto Mangabeira Unger. Moreira Franco conduzia a contragosto a SAE e reclamava publicamente da falta de expressão política da pasta. Coube a ele, antes de migrar para a Secretaria de Aviação Civil, indicar o economista Marcelo Neri para a presidência do Ipea.

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