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Investigado pela PF no inquérito do golpe recebeu R$ 239 mil do PL

Tercio Arnaud é suspeito de integrar suposto esquema montado para anular eleição de 2022 e considerado um dos pilares do chamado "gabinete do ódio"

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 13 fev 2024, 19h28 - Publicado em 13 fev 2024, 12h15

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, pagou ao longo do ano passado 239.600 reais a título de salário para o ex-assessor Tercio Arnaud Tomaz e sua mulher. Os dois estavam empregados na legenda, que, assim como Tercio, está no centro das investigações da PF que culminaram na operação mais recente mirando Bolsonaro, ex-assessores e militares – todos sob a suspeita de tentar dar um golpe de Estado.

Tercio foi alvo de um madado de busca e apreensão e teve o celular apreendido pela polícia. Ele é apontado como um dos pilares do que os investigadores chamam de “gabinete do ódio”, uma estrutura que funcionava supostamente dentro do Palácio do Planalto na gestão Bolsonaro, cujo objetivo era disseminar notícias falsas e atacar adversários do ex-presidente. Recentemente, o ex-assessor já tinha tido um tablet e um notebook apreendidos pela PF durante a segunda fase da operação Vigilância Aproximada, que apura o esquema da Abin paralela.

Paraibano, Tercio Arnaud é casado com Bianca Diniz Arnaud. Ela é enfermeira e ocupou um cargo na Coordenação de Saúde do Planalto durante o governo Bolsonaro, permanecendo no posto até março de 2021, quando foi exonerada. Com a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022, muitos ex-assessores de Bolsonaro foram empregados no PL, a exemplo do próprio casal. Segundo a prestação de contas do partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tercio Arnaud recebeu nove pagamentos no ano passado, embolsando um total de 119.900 reais. Já Bianca foi agraciada com 14 pagamentos efetuados em 2023 – um montante de 119.700 reais.

O ex-assessor ficou conhecido entre 2013 e 2014 por manter uma página no Facebook chamada Bolsonaro Opressor, que ficou famosa na época, na qual atacava por meio de memes adversários do então deputado federal. A fama do trabalho fez com que ele conhecesse Carlos Bolsonaro, um dos filhos do capitão, com quem Tercio chegou a trabalhar na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

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