A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) tentou elogiar a atuação da Santa Dulce dos Pobres, canonizada neste domingo 13, mas acabou sendo alvo de uma série de críticas por associar a religiosa ao empreendedorismo. “Era baiana e, com seu empreendedorismo e fé, deu atendimento de saúde a milhares de brasileiros”, afirmou a parlamentar pelo Twitter.
Pegou mal entre os internautas a expressão, banalizada no mundo dos negócios, e que foi usada pela deputada para definir o trabalho de assistência aos pobres desenvolvido pela religiosa durante sua vida. A religiosa Irmã Dulce (1914-1962) foi proclamada como a primeira santa nascida no Brasil pelo papa Francisco. “Sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do alto recebia forças e recursos para realizar um maravilhoso serviço”, afirma a Santa Sé.
“A Irmã Dulce começou o que é hoje um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país. Considero que ela teve um espírito empreendedor, mão na massa, o que aumenta minha admiração pelo trabalho caridoso que ela desenvolveu com tanto amor e dedicação. Pra mim só mostra o quão incrível e visionária ela era em sua bondade”, reiterou Tabata após as críticas.
Pelas redes sociais, usuários criaram apelidos para “contemplar” a definição usada pela deputada: “Padroeira dos motoristas de Uber e entregadores do Rappi”, “Steve Jobs do catolicismo”, “Nossa Senhora do Coach”. “Irmã Dulce abriu um hospital para atender os excluídos e mais pobres, ela não abriu um barbershop [barbearia] com cerva artesanal não, ô deputada”, escreveu um usuário. “Se a Irmã Dulce soubesse a administração que uma empresa privada cretina faz no hospital que leva o nome dela no interior de São Paulo ficaria enojada”, completou outro internauta.
Confira algumas publicações em resposta a Tabata Amaral: