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Inquérito do caso Yoki será remetido ao MP esta semana

Polícia vai pedir a prisão da autora confessa do crime até o julgamento

Por Valmar Hupsel Filho
11 jun 2012, 14h42

O Ministério Público de São Paulo deverá receber, ainda nesta semana, o inquérito da Polícia Civil sobre o assassinato do empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, diretor-executivo da empresa Yoki. O delegado responsável pelo caso, Marcos Dias, aguarda apenas o resultado dos laudos das perícias realizadas no apartamento onde ocorreu o crime, e da necropsia feita pelo Instituto Médico Legal, com detalhes de como o corpo do empresário foi esquartejado, para anexar ao inquérito e pedir a prisão preventiva da autora confessa do crime até o julgamento.

Elize Araújo Matsunaga está presa temporariamente desde o último dia 4. Inicialmente sua prisão foi determinada por cinco dias, mas após o depoimento prestado na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na última quarta-feira, quando confessou a autoria do crime, a polícia pediu a prorrogação da prisão por mais 15 dias. Ela está numa cela de nove metros quadrados no presídio feminino de Itapevi, na Grande São Paulo.

Com base em dezenas de provas periciais e oito depoimentos, entre eles uma confissão de autoria, a polícia conclui que Marcos Matsunaga foi morto pela esposa com um tiro na cabeça no último dia 19 de maio. E que Elize agiu sozinha ao esquartejar o corpo e jogar as partes separadas em cinco locais diferentes na região de Cotia, Grande São Paulo.

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O advogado da Família Matsunaga, Luís Flávio D’Urso, em entrevista ao Fantástico, da rede Globo, neste domingo, sugeriu a participação de uma segunda pessoa no momento de descarte das partes do corpo de Marcos. A tese é refutada pelo advogado de defesa de Elize, Luciano Santoro. Segundo ele, durante a reconstituição, testes de tempo e esforço foram feitos no apartamento e comprovaram que Elize poderia ter cometido sozinha o crime.

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“Além disso, Elize foi parada sozinha pela Polícia Rodoviária”, disse. Depois de sair do apartamento em seu carro, uma Mitsubishi Pajero TR-4 cinza, Elize seguiu em direção ao Paraná, seu estado natal. Mas desistiu antes da divisa e, na volta, foi parada porque um radar inteligente flagrou que o licenciamento do veículo estava atrasado. Ela foi multada e seguiu viagem com o marido esquartejado no porta-malas para a região de Cotia.

Ao receber o inquérito da Polícia Civil, o MP-SP terá três opções: oferecer denúncia; solicitar novas diligências ou, numa hipótese praticamente descartada, pedir arquivamento do caso. Caso a denúncia seja oferecida, e a Justiça a acate, Elize Mastunaga passará da condição de acusada à de indiciada.

E aí será no júri popular que as argumentações de acusação e defesa deverão ser confrontadas. A promotoria deverá pedir a condenação máxima por homicídio duplamente qualificado, enquanto a defesa buscará a redução da pena tentando convencer o júri que se trata de um crime passional e por legítima defesa.

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