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Heleno diz que Carlos Bolsonaro é ‘traumatizado’ por atentado do pai

General compareceu à Câmara dos Deputados para falar sobre a carga de 39 quilos de cocaína apreendida com sargento da FAB

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jul 2019, 17h02 - Publicado em 10 jul 2019, 12h50

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, disse nesta quarta-feira, 10, que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) é “extremamente traumatizado” pelo ataque a faca sofrido pelo pai durante a campanha eleitoral no ano passado.

O general compareceu nesta quarta à audiência na Câmara dos Deputados para dar esclarecimentos sobre o sargento militar que foi preso na Espanha carregando 39 quilos de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que dava apoio a comitivas presidenciais. Os parlamentares o questionaram sobre as críticas recentes feitas por Carlos Bolsonaro e por seguidores do guru Olavo de Carvalho nas redes sociais. Eles levantaram suspeitas sobre a condução do GSI no caso. A pasta comandada por Heleno é responsável direta pela segurança do presidente e pela escolha da tripulação que o acompanha nas viagens.

“Eu convivo com ele [Carlos]. Ele é extremamente traumatizado pelo atentado que buscou modificar a situação política do Brasil”, disse o general, referindo-se à facada desferida contra Jair Bolsonaro durante um comício em Juiz de Fora (MG). Após a declaração vir à tona, Carlos foi ao twitter para responder ao ministro: “Sou tremendamente traumatizado com o que pode acontecer com um presidente honesto em uma nação historicamente administrada por bandidos e seus fieis acessórios”

Sobre Olavo de Carvalho, Heleno foi mais contundente: “Se eu encontrar o senhor Olavo na rua, eu nem sem quem é. Meu tempo é precioso. Eu não dedico a ele o meu tempo. Nunca dediquei. Então, vou continuar não dedicando. Não me atinge em nada. Se eu for responder cada bobagem que falam…”, disse. Olavo se notabilizou nos últimos meses por criticar abertamente os militares que integram o governo Bolsonaro.

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Em relação à droga apreendida com o sargento da FAB, o general classificou o episódio como uma mancha para o país – “vergonha nós já passamos há muito tempo. Essa foi só mais uma” –; declarou que foi completamente pego de surpresa, já que a tripulação costuma ser escolhida “a dedo” – “são militares diferenciados pela sua formação, dedicação e pelas tarefas em que estão envolvidos”; e assumiu a culpa pelo ocorrido – “a responsabilidade é nossa, conjunta, do GSI e do Comando da Aeronáutica. Isso nos atingiu profundamente. Não é uma oratória. É verdade”.

O general também comentou que o caso é fruto da “leniência” dos governos anteriores com o combate às facções criminosos. “Estamos seriamente contaminados por organizações criminosas a ponto de transformar um problema de segurança pública em problema de segurança nacional”, afirmou. O tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, que também participou da audiência, reiterou o argumento, dizendo que é necessário refletir sobre a situação das drogas no Brasil. “Esta é uma chaga que tem assolado nosso país nos últimos 40 anos de forma muito importante. É um problema que os três Poderes e a sociedade como um todo devem combater”.

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