GSI prevê mais manifestações e instala barricadas para proteger Lula
Segurança do presidente alega intensificação da polarização partidária e prevê novas ocorrências na área central de Brasília
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) está montando uma superestrutura de segurança para proteger o presidente Lula e seus familiares de protestos. Além dos conhecidos alambrados disciplinadores de segurança, o órgão está contratando uma empresa para fornecer barricadas de contenção de público e tapumes metálicos para fechamento de áreas de segurança, medindo mais de 2 metros de altura.
A locação desses materiais, explica o GSI na licitação, destina-se a manter afastadas das autoridades pessoas não autorizadas, garantindo a integridade física dos palácios e residências oficiais do presidente Lula, do vice, Geraldo Alckmin, e de seus respectivos familiares. Somente com a locação de tapumes, barricadas e alambrados, o GSI estima gastar 986 mil reais no período de doze meses.
Trata-se da maior estrutura de proteção do Palácio do Planalto e do Alvorada nos últimos oito anos, desde que se faz esse levantamento. Em 2017, foram contratados 20 mil metros lineares de alambrados. Este ano serão contratados 124 mil metros, seis vezes mais. Mesmo se comparado ao último ano de Jair Bolsonaro na Presidência, houve aumento de 34%. Em 2022, foram contratados 92 mil metros.
O GSI decidiu aumentar a segurança depois dos atos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. “Considerando os atuais acontecimentos na política do país e a intensificação da polarização de posicionamento partidário e a previsão de ocorrência de manifestações na área central de Brasília, o isolamento da área do Palácio do Planalto por meio da utilização de grades de proteção promove uma barreira física que facilita o controle de acesso às estruturas físicas da Presidência da República, evitando assim a aproximação de manifestantes, além de promover um isolamento adequado e eficiente”, diz o órgão.