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Grupo de Cachoeira pagou escritório de ex-procurador-geral da República , diz PF

Geraldo Brindeiro, é investigado pelo recebimento de R$ 680 mil. Seu escritório não revelou o valor total da consultoria

Por Da Redação
7 ago 2012, 10h23
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  • Relatório da Polícia Federal mostra que o escritório de advocacia Morais, Castilho & Brindeiro, do ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, recebeu ao menos 680 000 reais do grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira. O valor consta de planilhas apreendidas, que registram pagamentos de Adriano Aprígio de Souza, cunhado de Cachoeira e apontado como seu “laranja” no mercado de jogos.

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    Os documentos foram recolhidos durante a Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro, na sede do laboratório Vitapan, que está em nome de Aprígio, mas, na prática, pertenceria a Cachoeira. Eles foram encontrados em meio a papéis sobre a aquisição de cotas da empresa argentina Electro Chance Gaming Suppliers por 3,3 milhões de reais.

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    As tabelas registram pagamentos mensais à “Brindeiro” em 2009 e 2010. Os repasses foram contabilizados com as referências “RC” (Roberto Coppola, sócio da Electro Chance que tinha negócios com Cachoeira); “EC” (as iniciais da empresa); e “CR”, de “Carlos Ramos”, o Cachoeira.

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    “Isso também nos remete à necessidade de esclarecer qual a origem dos recursos utilizados nos pagamentos das cotas adquiridas, pois, conforme demonstrado aqui, pelo menos um dos pagamentos a Brindeiro fora feito via esquema utilizado pela organização criminosa”, diz a PF.

    A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sabia até agora de cinco repasses ao escritório, no total de 161 000 reais, feitos por Geovani Pereira da Silva, contador de Cachoeira. Ao menos um veio da Alberto e Pantoja – empresa de fachada cujas contas eram operadas por Pereira e serviam, segundo a PF, para mascarar repasses da Delta Construções a políticos.

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    Em ofício enviado à comissão, a Morais, Castilho & Brindeiro não explicou quanto recebeu no total pelos serviços. Informou à CPI que fez consultoria para a empresa Ocean Development II, sediada nos EUA, sobre a legalidade da reativação de loterias em Goiás e Santa Catarina. O proprietário da empresa é Coppola e foi ele, segundo o ofício, quem tratou com os advogados.

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    O escritório diz não ter nenhuma relação com Cachoeira ou Aprígio e que manteve contatos apenas com Coppola. Também não revelou o valor total da consultoria, argumentando que a ética profissional não o permite. Mas, em nota, informou que os valores excedem a quantia apurada pela PF.

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    O escritório de advocacia afirmou que a consultoria foi feita continuamente em 2009, 2010 e 2011, mediante pagamentos mensais, com a emissão de notas fiscais por honorários de serviços “efetivamente prestados”. E reiterou que, embora seja sócio, Brindeiro não participa da gestão financeira da empresa.

    O ex-procurador-geral, que exerceu o cargo de 1995 a 2003, por indicação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é subprocurador da República. Brindeiro integra o grupo que, por ter entrado na carreira antes da Constituição de 1988, pode advogar.

    (Com Agência Estado)

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