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Governo quer aplicar estratégia de segurança da Copa no Sudeste

Após reunião com governadores, ministro da Justiça anuncia intenção de integrar ações das forças federais com as polícias estaduais

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jan 2015, 20h34

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quarta-feira a intenção do governo de reproduzir na região Sudeste a estratégia de segurança aplicada durante a Copa do Mundo, quando foram integradas as ações das forças de segurança da União com as polícias estaduais. O anúncio foi feito após reunião entre os governadores Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro, Geraldo Alckmin, de São Paulo, Fernando Pimentel, de Minas Gerais, e Paulo Hartung, do Espírito Santo. Também participaram do encontro o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e os secretários estaduais de segurança pública.

De acordo com o Cardozo, todos concordam que sem a integração não é possível obter bons resultados em segurança pública. “Há o consenso de que é necessário criar uma organização permanente que possa fazer a integração das ações policiais no cotidiano. Já fizemos uma integração inicial em todos os Estados do Nordeste e agora estamos buscando o mesmo no Sudeste, uma região vital para o país que tem a necessidade de fazer com que as forças federais e estaduais estejam juntas”, disse. “Sem essa gestão de maneira coordenada, nós dificilmente conseguiremos reduzir os índices de violência, de atos ilícitos e enfrentar o crime organizado”, continuou.

Ainda não há detalhes de como vai funcionar a integração das forças policias nem a partir de quando o novo sistema será aplicado. O Ministério da Justiça vai encaminhar nesta quinta-feira aos secretários estaduais de segurança pública uma sugestão de plano de trabalho. Os representantes vão analisar as propostas e na próxima semana haverá uma nova reunião, dessa vez no Rio de Janeiro, para discutir a estrutura e dar início ao planejamento da operação.

Durante o Mundial, foi criado entre os ministérios da Justiça, Defesa e a Casa Civil um centro de comando integrado, que agia em conjunto com os centros estaduais coordenados pelas secretarias de segurança e as Forças Armadas. No entanto, as Forças Armadas não vão poder agir na proposta desenhada para o Sudeste, já que a sua atuação em segurança pública ordinária é restrita às fronteiras.

O governo pretende aprovar uma emenda à Constituição que permita à União dividir com os Estados a responsabilidade da condução das políticas de segurança pública. O texto do projeto está em fase final de elaboração e deve ser encaminhado ao Congresso já em fevereiro. “O governo federal atua em segurança pública apenas em algumas hipóteses específicas. Isso fez com que o Ministério da Justiça sempre tivesse uma postura de ser um mero repassador de recursos. Não acho isso suficiente. O ministério não é um banco”, disse Cardozo.

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Durante o encontro, os governadores fizeram algumas reivindicações ao governo federal. Alckmin e Pezão pediram ajuda à União para fazer o monitoramento das regiões metropolitanas com câmeras. Para o governador fluminense, a estratégia ajudaria, por exemplo, a diminuir o número de roubos de carros. Já Alckmin sugeriu que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) cancele o número identificador dos celulares roubados, para inviabilizar o uso dos equipamentos e diminuir o índice de roubos.

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