Governo de Minas embarga licença da mineradora responsável pelas barragens
Segundo subsecretário estadual de Regularização Ambiental, a Samarco não pode mais operar a mina de Germano, em Mariana, no interior de Minas
Por Da Redação
9 nov 2015, 15h50
O governo de Minas Gerais embargou a licença da mineradora Samarco, responsável pelas barragens que se romperam na última quinta-feira, para extrair ou processar minério de ferro na mina Germano, em Mariana, no interior de Minas Gerais, segundo o subsecretário estadual de Gestão e Regularização Ambiental, Geraldo Abreu. O incidente fez com que um “mar de lama” inundasse o vilarejo de Bento Rodrigues, em Mariana, causando a morte de pelo menos duas pessoas. Outras 25 seguem desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros. Nesta segunda-feira, uma enxurrada de lama, formada pelos resíduos da exploração de minério de ferro, se desloca pela calha do Rio Doce, atingindo as cidades que ficam às margens do rio. A previsão é que o lamaçal chegue até o Espírito Santo e desemboque no mar ainda nesta semana.
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O subsecretário ainda afirmou que a Samarco só voltará a operar na região depois de cumprir exigências de segurança feitas pelo Estado. “É preciso realizar as correções necessárias para que o funcionamento da mina seja retomado”, afirmou Abreu. Não há prazo para que isso aconteça. O Complexo de Germano tem reservas estimadas em 400 milhões de toneladas de minério de ferro. São retirados anualmente da mina cerca de 10 milhões de toneladas por ano.
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A Samarco é controlada por duas gigantes do setor de mineração, a brasileira Vale (50%) e a anglo australiana BHP Billiton (50%). A mineradora é considerada a décima maior exportadora do país.
O embargo da licença aconteceu na sexta-feira, mas só foi divulgado nesta segunda-feira. Também na sexta, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais, anunciou que pediria nesta segunda o fechamento da mina. A promotoria do Estado abriu inquérito civil público para investigar a queda das duas barragens. Segundo o promotor, existe a suspeita de irregularidades em obras que estariam sendo feitas nas barragens para ampliação da capacidade de armazenamento de rejeitos (resíduos oriundos da extração e do beneficiamento do minério de ferro).
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