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Gestão Haddad abandona parte das promessas de campanha

Secretária de Planejamento da prefeitura diz que obras em avenidas ao longo da Marginal Tietê "são muito caras"; em nota, prefeitura afirma que obras serão incorporadas em operações urbanas

Por Da Redação
16 ago 2013, 16h03

Prestes a completar o oitavo mês de gestão em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) desistiu de executar parte de uma das principais bandeiras de sua campanha eleitoral, o projeto urbanístico Arco do Futuro. As obras de apoio viário ao longo da Marginal Tietê, um dos pilares do projeto de revitalização urbana da capital paulista, foram excluídas do Plano de Metas de Haddad para os quatro anos de governo (2013-2016).

A secretária municipal de Planejamento, Leda Paulani, disse nesta sexta-feira, em audiência na Câmara Municipal, que as intervenções para abertura e alargamento de avenidas entre as rodovias Dutra e Anhanguera, ao longo da Marginal Tietê, “são obras muitos caras”, que foram pensadas para revitalizar o entorno do rio Tietê e que “o governo não teria condição de fazer”.

Avenidas – O projeto Arco do Futuro continha obras nos bairros de Vila Maria, Vila Guilherme, Santana, Tucuruvi, Casa Verde, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Lapa, Sé e Mooca. Todas elas faziam parte do Plano de Metas da gestão e foram canceladas.

A ideia inicial seria criar uma nova avenida de 8,4 quilômetros paralela à Marginal Tietê – da Avenida Santos Dumont, na Zona Norte, até a Avenida Aricanduva, na Zona Leste. Além disso, uma outra via, com 17,5 quilômetros, seria aberta para interligar a Via Dutra à região de Pirituba, na Zona Norte.

Com o cancelamento do plano original, Haddad pretende erguer uma nova alça de acesso à Avenida Aricanduva, sobre a Marginal Tietê.

No mês passado, Haddad disse que, após 45 consórcios apresentarem propostas para obras na parte norte do Arco do Futuro, o projeto seria alterado. No lugar das obras viárias, foram incluídas mais áreas reservadas para construções de conjuntos habitacionais populares, como condomínios do Minha Casa Minha Vida, que recebem verba do governo federal. No dia 19 de julho, o prefeito disse que a proposta seria apenas “atualizada”.

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A secretária de Planejamento também informou que não haverá mais patrulha noturna dos policiais militares contratados pela prefeitura pela Operação Delegada. “Essa foi uma ideia que a população não recebeu bem nas audiências”, justificou Leda Paulani.

Prefeitura – Em nota divulgada após as declarações da secretária de Planejamento, a prefeitura de São Paulo afirmou que a administração pretende obter recursos para licenciar e licitar as obras de apoio viário do Arco do Futuro por meio de operações urbanas. Veja íntegra da nota:

“Com relação às informações relativas à construção das obras de apoio viário do Arco do Futuro, a prefeitura de São Paulo esclarece:

1. A meta de licenciar, licitar e garantir fonte de financiamento das referidas obras foi incorporada na meta 123, referente ao Arco Tietê, parte integrante deste plano de metas;

2. A Secretaria de Planejamento decidiu adotar tal posicionamento uma vez que o PAC não financia obras viárias urbanas;

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3. Os recursos previstos para a licitação das obras do apoio viário norte e sul da Marginal do rio Tietê deverão advir de intervenções urbanas do Arco Tietê. O que explica a absorção de uma pela outra.

A prefeitura reitera que a meta 82 do plano original não previa a execução ou entrega da obra. Textualmente diz: “Projetar, licitar e garantir a fonte de financiamento para as obras do apoio viário norte e sul da Marginal do Rio Tietê”. A nova meta de número 123, propõe: “Aprovar a Operação Urbana Mooca/Vila Carioca, a revisão da Operação Urbana Água Branca e promover o projeto de intervenção urbana Arco Tietê”. É por meio destas operações urbanas que a prefeitura planeja obter recursos para licenciar e licitar as obras de apoio viário do Arco do Futuro”.

(Atualizada às 18h40)

(Com Estadão Conteúdo)

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