Na tentativa de acelerar uma possível libertação do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, detido desde o início do ano na Operação Lava Jato, Bernardo Cerveró, filho do ex-dirigente, chegou a procurar Gustavo Soares, irmão do lobista Fernando Baiano, para que os dois réus do petrolão fizessem acordos de delação premiada de forma coletiva. As revelações de Cerveró sobre o bilionário esquema de corrupção na Petrobras eram constantemente reprimidas pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) e pelo banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. Para evitar que o ex-dirigente fornecesse detalhes sobre o escândalo do petrolão, haveria pagamentos mensais no valor de 50.000 reais a familiares de Cerveró em um acordo que envolvia o advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa do ex-diretor da estatal. Diz o filho do ex-dirigente da Petrobras: “Edson Ribeiro entregou 50.000 reais em espécie para o depoente, dizendo que foram enviados pelo Senador Delcídio Amaral; que o depoente ficou incomodado, pois o que ele queria não era auxílio financeiro, menos ainda espúrio, e sim a liberdade de seu pai; que enfim o depoente e seu pai se decidiram pela colaboração premiada.” (Laryssa Borges, de Brasília)
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