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Fidelidade mesmo, Baleia Rossi terá dos partidos de esquerda que o apoiam

Candidato do MDB, legenda que patrocinou o impeachment de Dilma, terá os votos quase integrais de PT e PCdoB, ao contrário de outros do grupo

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2021, 11h47 - Publicado em 30 jan 2021, 11h42

A candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) a presidente da Câmara nasceu grande, com adesão de 11 partidos. Juntos, totalizavam o apoio de 261 deputados. No papel, número suficiente para elegê-lo no primeiro turno, feito que exige 257 votos.

Nas últimas semanas,  contudo, o emedebista viu sua candidatura se desmilinguir. Traições e defecções começaram a aparecer na medida que o governo jogava o seu “peso”, leia-se: oferta de ministério, cargos em escalões diversos e liberação bilionária de emendas parlamentares.

A campanha de Baleia, com Rodrigo Maia (DEM-RJ) à frente, faz hoje as contas na expectativa de encontrar número suficiente para levar a disputa com Arthur Lira (PP-AL) para o segundo turno. Levantamento junto às lideranças mostra o seguinte cenário: a esquerda, que está com Baleia, entregará um percentual de votos muito maior para o candidato do que os partidos de centro e de direita que ainda estão nesse barco.

O melhor exemplo: o PT, maior bancada com 53 deputados, rachou quando decidiu apoiar Baleia. Foram 27 votos a favor e 24 contra. Mas não se dividiu. Ao menos, 50 deputados devem confirmar a opção por ele. Não que os outros 3 votem em Lira, mas devem seguir com Luiza Erundina, do PSOL. Problema para Baleia seria eles engrossarem o coro de Lira, o que aumentaria suas chances de vitória no primeiro turno.

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A deputada Natália Bonavides (PT-RN) é uma parlamentar que votou contra apoiar Baleia e expressou isso publicamente. Classificou como “muito triste”. Nesta semana, ela publicou vídeo anunciando que jamais votaria em Lira. “Com certeza, Lira não terá meu voto. O candidato desse genocida que preside o Brasil precisa ser derrotado”, disse Bonavides.

O PCdoB, outra legenda que aderiu a esse grupo, promete dar seus 9 votos a Baleia. No PDT, que tem 26 votos, o partido calcula um número baixo de dissidência, entre 3 a 5 . A líder do PCdoB na Câmara, Perpétua Almeida, do Acre, comentou essa fidelidade da esquerda: “A gente cumpre palavra, cumpre acordo, cumpre o que combina. E, assim, as coisas acontecem. É o compromisso que firmamos que vale”.

O PSB, outra do campo da esquerda, estima que 80% de seus 30 deputados votem em Baleia. Enquanto isso, partidos de direita e centro que anunciaram apoio a Baleia, se dividem e tem quem até já saiu do bloco, caso do PSL.

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Maia não conseguiu segurar o seu partido, que fez água. O DEM tem 31 deputados. O Planalto trabalha até para mudá-lo de lado oficialmente. O antigo PFL rachou ao meio. Lira jura ter 20 votos ali. O presidente da Câmara diz que não passam de 10, o que já é muita coisa.

O Solidariedade é outra coluna de traição. Anunciou apoio a Baleia, mas, de seus 14 deputados, provável que não cheguem a 6 os que vão, de fato, com o candidato do MDB. A bancada do PSL tem 52 votos, já aderiu a Baleia e agora está do lado de Lira. Uma lista com 36 assinaturas mudou o apoio do partido. Luciano Bivar, presidente do partido, acredita que muda isso na segunda e que virou e teria convencido 4 desses a voltarem para o seu barco.

O PSDB, com seus 31 parlamentares e que também apoia Baleia, é uma incógnita. Pelos menos 8 deputados do partido já apareceram em fotos ao lado de Lira.

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