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FHC: Corrupção como petrolão é um ‘quase bebê’ no Brasil

Ex-presidente rebateu declarações de Dilma e afirmou: 'Presidente e todo o partido dela querem tapar o sol com a peneira'

Por Da Redação
20 mar 2015, 09h14

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) rebateu a afirmação da presidente Dilma Rousseff (PT) de que a corrupção é uma senhora idosa no Brasil. Em entrevista à GloboNews, disse que o escândalo de corrupção na Petrobras traz à tona algo completamente novo em termos de corrupção praticada no país – em que uma organização criminosa estabeleceu um sistema de sustentação de partidos e ligação com empresas para abastecer os caixas das legendas. “Isso é um fato novo. Essa corrupção não é uma senhora idosa, é uma mocinha, um bebê quase”, disse o tucano.

“Ouvi a presidente dizer que a corrupção ‘é uma senhora idosa’. Mas o que é isso? É a conduta errada de pessoas. Nós não estamos discutindo no Brasil que A, B ou C fizeram alguma corrupção. Nós estamos dizendo que uma organização que junto com funcionários nomeados pelo governo, da Petrobras, sustentação por parte de governo, por parte de partidos, ligação com empresas para formar um caixa para ser usado na política, isso é fato novo, digamos. Tem algo disso no mensalão.”

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FHC repetiu a declaração que tinha dado ao longo da semana de que, pela proporção que a corrupção ganhou na Petrobras, considera impossível que o ex-presidente Lula e Dilma não soubessem. Afirmou ainda que o país vive hoje uma conjunção de crises – econômica, de condução política, desemprego, inflação e “moral”. Sobre o fato do PT tentar remontar o esquema de corrupção na Petrobras ao seu governo, o ex-presidente afirmou: “E eu tenho a impressão que a presidente e todo o partido dela querem tapar o sol com a peneira”.

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O ex-presidente argumentou que, em seu governo, a indicação política para cargos de diretoria na estatal, feita por partidos da base, era bem mais incomum. Ele se disse lembrar de duas indicações políticas – de José Coutinho Barbosa e do hoje senador petista, mas à época integrante do PMDB, Delcídio Amaral.

Impeachment – Apesar de dizer torcer para que Dilma possa terminar seu mandato, FHC voltou a defender que o impeachment é um instrumento da democracia. E comparou os pedidos para afastamento da petista àqueles que ele viu durante o seu segundo mandato (1999-2002). “Esse ‘Fora Dilma’ é como o ‘Fora FHC’. A Dilma hoje simboliza, é alvo dessa irritação. Mas não creio que seja transcrito em passos exatamente para tirá-la do poder. Vai depender da comprovação de delitos e da opinião pública”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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