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Família Bolsonaro quer juiz fora do caso Queiroz

Aliados apresentam sugestões para análise do presidente: ligar Itabaiana ao governador Wilson Witzel ou articular eventual promoção do juiz a desembargador

Por Nonato Viegas, Cássio Bruno Atualizado em 18 jun 2020, 18h59 - Publicado em 18 jun 2020, 18h40

Após a prisão do policial aposentado Fabrício Queiroz, amigo da família Bolsonaro, aliado do presidente pretendem buscar meios de tirar o caso do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Entre algumas medidas jurídicas estudadas, duas cartas estão sobre uma mesa para análise de Bolsonaro. Uma delas é impulsionar uma dúvida sobre a isenção de Itabaiana, ligando-o ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Uma outra é articular uma eventual “promoção” do juiz de desembarque. Jair e Flávio Bolsonaro atribuíram a Itabaiana os seguintes desgostos à família que entendem ser vazados à imprensa ou mesmo como operações do caso Queiroz, presas na manhã desta quinta-feira, 18, no local de Frederick Wassef, advogado e presidente do seu filho Flávio, em Atibaia.

Aliados do presidente no TJ-RJ informam a Bolsonaro que Itabaiana tem temperamento difícil e que não é consultado na segunda instância da Justiça Fluminense, porém, sugeriu utilizar sua “herança familiar” para articular sua promoção ao desembargador. O juiz é o juiz de desembarque José Joaquim Itabaiana de Oliveira, bisneto de desembargador Arthur Vasco Itabaiana de Oliveira, neto o desembargador Aires Itabaiana de Oliveira e filho do desembargador Clarindo de Brito Nicolau. “O colegiado gosta de tradição”, afirma em um aliado do presidente. Chegou-se a pensar numa eventual promoção por antiguidade, mas Itabaiana é apenas o 45º da fila dos mais antigos. Uma outra possibilidade é a promoção de merecimento, a indicação indicada e terminantemente política. A partir do fim do ano, haverá aposentadorias compulsórias por idade entre os 180 desembargadores do tribunal. Ao ser promovido, Itabaiana decide deixar o caso Queiroz.

Outra estratégia é reforçar uma relação entre o juiz e o governador Wilson Witzel (PSC), inimigo político do clã. A filha de Itabaiana, Natalia Menescal Braga Itabaiana Nicolau, é nomeada na Secretaria da Casa Civil e Governança do governo Witzel. Seu salário é de 7 mil reais. O próprio Flávio Bolsonaro chegou a divulgar suas redes, no fim de 2019, em um vídeo no qual sugere Natalia Nicolau é funcional fantasma. Na ocasião, o juiz determinou a busca e apreensão em contatos conectados ao senador, ao ex-avaliador Queiroz e aos ex-funcionários lotados no gabinete do Flávio enquanto estiveram na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Witzel e Bolsonaro foram afastados após ambos tomarem posse. O filho Zero Um presidente fez uma campanha para o Senado ao lado de Witzel, que disputa o governo do Rio de Janeiro.

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