O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa do deputado cassado Eduardo Cunha para que fosse transferido, definitivamente, de Curitiba para Brasília.
Cunha encontra-se preso desde outubro do ano passado no Complexo Médico-Penal de Pinhais, em Curitiba, em decorrência da Operação Lava Jato. Ele foi condenado pelo juiz Sergio Moro a mais de quinze anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tendo negado seu direito de recorrer em liberdade.
O ex-deputado, no entanto, teve seu deslocamento temporário a Brasília autorizado pelo juiz Sergio Moro neste mês para prestar depoimento na ação penal em que é réu na Operação Sépsis, cujos interrogatórios começaram na semana passada.
A defesa de Cunha desejava que o ex-deputado não mais retornasse a Curitiba, alegando que a permanência em Brasília facilitaria o contato com a família e com seus advogados, cujo escritório tem sede na capital.
O interrogatório de Cunha ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela Operação Sépsis na 10ª Vara Federal de Brasília, está marcado para a próxima segunda-feira 6. Já foram interrogados os réus Lúcio Funaro, ex-operador financeiro de Cunha; Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, e Alexandre Margotto, ex-funcionário de Funaro.
O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves também é réu na mesma ação e deve ser ouvido antes de Cunha. Após a oitiva, o ex-deputado deve retornar ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde está detido.