O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prorrogação por mais sessenta dias de um inquérito contra os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também são investigados o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA).
Os parlamentares são investigados sob a suspeita de terem recebido propina de 7 milhões de reais da construtora Odebrecht em troca de atuar na aprovação de uma medida provisória que concedeu incentivos tributários a alguns setores. A apuração teve como base delações premiadas de executivos do grupo.
A prorrogação havia sido pedida pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no último dia 7, reforçando solicitação feita pelos delegados da Polícia Federal (PF) responsáveis pelo caso. Ela alegou que, conforme a PF, ainda estão pendentes a tomada do depoimento de uma testemunha e o amplo acesso aos sistemas de comunicação e contabilidade paralela da Odebrecht.
Dodge destacou que depois de sessenta dias, nenhuma das diligências previstas foi cumprida pelos delegados, entre elas a oitiva como testemunha de Carlos Parente, executivo da Braskem, uma subsidiária da Odebrecht. Nos últimos dois meses, também não foram feitas perícias nos sistemas de comunicação e contabilidade paralela da Odebrecht, chamados Drousys e Mywebdayb, conforme previstas, destacou a PGR.
(com Agência Brasil e Reuters)