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Executivos gravados em áudio são Joesley Batista e Ricardo Saud

O dono da JBS e seu braço-direito, peças-chaves no acordo de delação premiada, travaram diálogo no qual citam suspeitas sobre membros da PGR e do Supremo

Por Da Redação
Atualizado em 4 set 2017, 20h57 - Publicado em 4 set 2017, 19h56
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  • Joesley Batista - JBS - Delação - Áudio
    O empresário Joesley Batista, cujos benefícios em delação premiada podem ser cancelados (Marivaldo Oliveira/Código19/Agência O Globo)

    Os colaboradores da JBS flagrados em áudio citando membros da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal (STF), além do ex-procurador Marcelo Miller, foram Joesley Batista, um dos donos da companhia e principal peça na assinatura do acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, e Ricardo Saud, diretor da empresa e considerado braço-direito de Joesley.

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    “Consta do vasto material entregue à PGR diversos áudios, um dos quais possui cerca de quatro horas de duração, aparentemente gravado em 17 de março deste ano, e traz uma conversa entre os colaboradores Joesley Batista e Ricardo Saud. Apesar de partes do diálogo trazerem meras elucubrações, sem qualquer respaldo fático, inclusive envolvendo o Supremo Tribunal Federal e a própria Procuradoria-Geral da República, há elementos que necessitam ser esclarecidos”, diz a PGR por meio de nota oficial.

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    A conversa entre os dois ocorreu exatamente dez dias após Joesley ter gravado uma reunião entre ele e o presidente Michel Temer (PMDB) no Palácio do Jaburu. A gravação da reunião serviu de base para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentarem a primeira denúncia contra o presidente, por corrupção passiva, que foi barrada pela Câmara.

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    Ainda na nota, a PGR cita o ex-procurador Marcelo Miller, que trabalhou no gabinete de Janot e depois pediu demissão para trabalhar para um escritório de advocacia que prestou serviços para a JBS. “Exemplo disso [de elementos que precisam ser esclarecidos] é o diálogo no qual falam sobre suposta atuação do então procurador da República Marcello Miller, dando a entender que ele estaria auxiliando na confecção de propostas de colaboração para serem fechadas com a Procuradoria-Geral da República. Tal conduta configuraria, em tese, crime e ato de improbidade administrativa”, afirma a nota .

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    De acordo com a Procuradoria, “devido a essa omissão de fatos possivelmente criminosos nos depoimentos tomados na colaboração em abril, Rodrigo Janot determinou na data de hoje a abertura de investigação”. “Pelo acordo, o colaborador está obrigado a falar sobre todas as condutas criminosas de que tem conhecimento”, esclarece a PGR na nota, que reafirma o que Janot disse em pronunciamento no início da noite. “Eventual revisão do acordo não implica nulidade de provas já produzidas em investigações, mas pode ter reflexos na premiação, inclusive com a perda total dos benefícios.”

     

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