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Ex-ministro recebeu R$ 2 milhões em propina, diz delator

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis relatou propina para a campanha de Henrique Alves (PMDB) em 2014

Por Da Redação
5 abr 2017, 10h27
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  • Em acordo de delação premiada celebrado com o Ministério Público Federal (MPF), Fernando Cunha Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, teria relatado dois milhões de reais em propinas ao ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB). Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o delator afirmou que Alves teria recebido o dinheiro para sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte em 2014.

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    Então presidente da Câmara dos Deputados, ele acabou derrotado no segundo turno pelo atual governador, Robinson Faria (PSD). À Folha, Marcelo Leal, advogado de Alves, negou ter recebido doações ilegais ou oriundas de caixa 2. Após a eleição, ele teve duas passagens pelo Ministério do Turismo.

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    Na primeira, deixou o cargo em março de 2016, após a decisão definitiva de parte do PMDB de apoiar a deposição da então presidente Dilma Rousseff (PT). Ele voltou ao comando da pasta no dia da posse temporária de Michel Temer (PMDB), em doze de maio do ano passado.

    A segunda passagem durou pouco. Em junho, citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Henrique Alves enviou carta de demissão a Temer, em que dizia que não queria “constrangimentos ou qualquer dificuldade para o governo.”

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    Caixa

    Além do envolvimento em relações ilícitas com a Odebrecht, o ex-ministro – junto com seu sucessor no comando da Câmara, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – é acusado também em processo que trata de corrupção na Caixa Econômica Federal (CEF). Decisão de outubro do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira tornou os dois réus por um esquema envolvendo desvios em fundos de investimento administrados pelo banco estatal.

    As acusações estão na denúncia elaborada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O ex-ministro do Turismo teria recebido propina da empreiteira Carioca Engenharia, responsável pela obra do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. No documento, os procuradores citam também que os dois, Alves e Cunha, foram patrocinadores da indicação de Fábio Cleto para a vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias da Caixa.

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    O projeto do Porto recebeu um investimento de 3,5 bilhões de reais do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), do qual Cleto era conselheiro – a contrapartida seria o repasse de parte desse dinheiro para contas secretas no exterior. À época desta denúncia, o advogado Marcelo Leal declarou a VEJA estar absolutamente tranquilo em relação à inocência de seu cliente.

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