Mulher do prefeito Marcelo Crivella, do PRB, Sylvia Jane Hodge Crivella quer uma vaga no banco de reservas do Senado. Estreante na política, Jane Crivella – seu nome eleitoral – foi registrada como primeira suplente na chapa encabeçada pelo atual senador Eduardo Lopes (PRB). Primeiro suplente de Crivella – que fora reeleito para o cargo em 2010 –, Lopes herdou lugar no plenário quando o titular renunciou ao mandato para assumir a prefeitura carioca.
Bacharel em Teologia, o senador já presidiu o jornal Folha Universal e a Editora Gráfica Universal, ligados à Igreja Universal do Reino de Deus – o prefeito do Rio é bispo licenciado da igreja e sobrinho de seu fundador, Edir Macedo.
Caso a chapa seja eleita, não será difícil para Sylvia Jane assumir uma vaga no Senado – basta que o titular renuncie ou seja nomeado para algum cargo fora do Poder Legislativo. Por conta da ida de Crivella para o Ministério da Pesca no governo Dilma Rousseff, Lopes exerceu o mandato de forma contínua entre 6 de março de 2012 e 17 de março de 2014.
Em 2016, quando Crivella licenciou-se do cargo para cuidar de sua campanha à prefeitura, coube ao suplente assumir a cadeira por mais quatro meses. Ficou de vez com a vaga no início de 2017. Lopes tem mais cinco meses e 15 dias no Senado; deverá exercer a função por um total de quatro anos e cinco meses, tempo superior ao de Crivella no atual mandato de oito anos.
A candidata à primeira suplência declarou à Justiça Eleitoral ser dona de casa, é formada em Letras e publicou, entre outros, os livros “O desafio de criar filhos” e “Tempo de pausa”. De acordo com o site da editora, ambos são “dirigidos ao público feminino”.
Outro integrante da família Crivella, Marcelo Hodge, filho de Marcelo e Sylvia Jane, busca uma cadeira de deputado federal também pelo PRB. Para reforçar a ligação com o pai, ele usará na urna o nome de Marcelo Crivella Filho.