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‘Estou sendo linchado politicamente’, afirma Witzel nas redes sociais

Governador afastado voltou a defender sua inocência, disse que é alvo por 'contrariar interesses poderosos' e que não pode responder por 'atos de terceiros'

Por Redação
30 ago 2020, 14h12

Dois dias após ser afastado do cargo, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por suspeitas de irregularidades em contratos na área da Saúde, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel usou suas redes sociais neste domingo, 30, para desabafar e se defender das acusações de corrupção.

Passarei o domingo trabalhando na minha defesa, que, infelizmente, está sendo cerceada. Estou sendo linchado politicamente por contrariar interesses poderosos. Não descansarei até demonstrar que fui enganado e provar minha inocência”, escreveu o ex-juiz. 

Witzel afirma ainda que “jamais” compactuou “com os atos de corrupção patrocinados pelo ex-secretário (Da saúde) Edmar (Santos)” e o chamou de traidor. “Não posso responder por atos de terceiros que tenham agido de má-fé. Pelas investigações, ele já vinha sendo corrupto desde 2016”, diz. 

O governador é acusado de integrar um esquema de corrupção na saúde, que teria beneficiado a mulher dele, Helena Witzel, com desvios em contratos. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Witzel recebeu 554 mil reais em propinas – 274 mil apenas entre agosto de 2019 e abril deste ano. Para isso, teria contado com o apoio da esposa e do advogado Lucas Tristão, ex-secretário e braço-direito do governador. O dinheiro teria sido pago pelo empresário Mário Peixoto e em troca, o governador permitia que o instituto Unir Saúde atuasse no governo.

“Ainda nem deu tempo para a defesa provar que o único ato praticado por mim em relação à Unir contrariou interesses espúrios do delator, mas já fui punido com o afastamento do cargo. Tão logo soube das irregularidades, afastei os envolvidos”, declarou o governador por meio de sua rede social.

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A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador afastado do Rio, a primeira-dama Helena Witzel e outras sete pessoas por corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. O afastamento vale inicialmente por 180 dias.

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