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‘Estávamos numa festa e paguei’ diz PM sobre boleto para Flávio Bolsonaro

A VEJA, Diego Ambrósio afirmou que despesa para imóvel do senador foi 'momento excepcional'

Por Leandro Resende e Bruna Motta
Atualizado em 20 dez 2019, 06h13 - Publicado em 20 dez 2019, 06h00

O relatório do Ministério Público que embasou a operação de busca e apreensão do Caso Queiroz na quarta-feira 18 traz mais um policial militar capaz de trazer dor de cabeça ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). Trata-se do sargento Diego Sodré de Castro Ambrósio, que, segundo as investigações, quitou, em outubro de 2016, um boleto de R$ 16.500 para Fernanda Bolsonaro, esposa do filho do presidente Jair Bolsonaro.

Referente à prestação de da compra de um apartamento para o casal no bairro de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, a transação foi definida como “trivial” pelo sargento Ambrósio. A VEJA, ele deu sua versão do que aconteceu naquele dia. “Nós estávamos numa festa e para a gente não precisar ir ao banco, eu paguei. Nesses dez anos eu só paguei uma única conta do cara. Foi num momento excepcional”, afirmou.

De acordo com o MP, Ambrósio é parte de um dos seis grupos que participavam da organização criminosa da “rachadinha” do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio e teve seu sigilo bancário quebrado pela Justiça. Ele afirma que sua relação com Flávio Bolsonaro é apenas uma grande amizade, de mais de uma década. “Nunca nos envolvemos profissionalmente”, disse ele.

O MP também levantou suspeitas sobre transferências feitas pelo PM a dois assessores de Flávio: Fernando Nascimento Pessoa, que ainda trabalha com o senador, e Marcos de Freitas Domingos. Ele se refere como aos dois como grandes amigos pessoais. “Na mídia eles estão sendo tratados como funcionários do Flávio, mas são duas pessoas íntimas minhas”, explicou ele. O destino do dinheiro, segundo Sodré, seria o pagamento de alguma “noitada ou churrasco”.

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Os relatórios do MP apontam também que o policial também transferiu dinheiro para a loja de chocolates do amigo Bolsonaro. Ao ser questionado por VEJA, respondeu: “Repasse para loja do cara? Eu comprei um panetone”, afirmou ele, que disse ter renda mensal média de 50 mil reais com sua empresa, a Santa Clara Serviços De acordo com o MP, em 2015, a empresa de segurança de Ambrósio, Santa Clara Serviços, transferiu 4,4 mil reais para a loja Kopenhagen; 3 mil reais em 2016; 11,6 mil em três parcelas em 2017; e 2,3 mil em 2018.

Em vídeo divulgado ontem nas redes sociais, Flávio Bolsonaro afirmou que Diego é “seu amigo” e que ele pagou sua conta porque “não tinha o aplicativo do banco” em seu celular. Sobre os gastos em sua loja, o senador disse que o PM é “pequeno empresário” e comprava produtos em sua loja para “presentear os clientes síndicos”.

Ambrósio vive em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. Sua empresa, a Santa Clara serviços, fica em uma sala no bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Para o MP, há indícios de que o cabo Ambrósio, amigo de Flávio, tenha usado “tanto suas contas pessoais como a de sua empresa” para lavagem dos recursos ilicitamente desviados dos cofres da Assembleia do Rio.

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