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Esquema de Erenice operava em outros dois órgãos da Presidência

Por Da Redação
20 out 2010, 06h36

Israel Guerra e sua turma utilizaram também os computadores e funcionários da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)

Uma informação divulgada nesta quarta-feira dá uma nova dimensão do esquema de aparelhamento do estado montado sob a supervisão da ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, revelado por VEJA no mês passado. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revela que a extensão do esquema de tráfico de influência operado pelo filho da ex-ministra, Israel Guerra, ultrapassou as fronteiras da pasta e chegou a outros dois órgãos da Presidência.

Conforme revelado por VEJA, Israel transformou-se em lobista em Brasília, intermediando contratos milionários entre empresários e órgãos do governo, mediante o pagamento de uma “taxa de sucesso”. A propina era também distribuída a funcionários da Casa Civil para que eles mantivessem silêncio sobre esquemas de corrupção – ou colaborassem com eles.

De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, Israel e sua turma utilizaram também os computadores e funcionários da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O esquema foi descoberto durante a sindicância interna do Planalto aberta para investigar o caso. Os resultados da investigação são mantidos em sigilo pelo governo.

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As investigações apontam que o computador de Gabriel Laender, servidor da SAE, foi utilizado diversas vezes com a senha de Vinícius Castro, sócio de Israel na Capital, a empresa por meio da qual o grupo intermediava contratos com o governo e “vendia” a influência de Erenice aos seus clientes. Castro ocupava o cargo de assessor jurídico da Casa Civil, mas pediu demissão após a revelação do esquema. Era ele quem recebia – em encontros com empresários – a propina de 6% sobre o valor de negócios fechados com o governo federal.

Segundo a reportagem, a sindicância apurou ainda que 12 computadores foram utilizados com as senhas de Castro, de Erenice e de Stevan Knezevic, o terceiro sócio de Israel na Capital. Uma das máquinas estava localizada no Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) – órgão da Presidência que é membro do Sistema Brasileiro de Inteligência, subordinado ao GSI. Knezevic ocupava um cargo de assessor no Sipam até 17 de setembro, quando pediu exoneração e voltou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que havia cedido o funcionário à Presidência. Os responsáveis pela sindicância, porém, ainda não decidiram se vão abrir os arquivos dos computadores ou se a tarefa ficará a cargo da Polícia Federal, que também investiga o caso.

O prazo inicial para que a comissão de sindicância apresentasse suas conclusões sobre o esquema terminou no domingo, mas foi prorrogado por mais 30 dias. Com o adiamento, a decisão do ministério sobre o caso só será conhecida depois do segundo turno da eleição presidencial.

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