De volta ao Brasil após viagem oficial à Índia, o presidente Jair Bolsonaro comentou nesta terça-feira, 28, os problemas na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e disse que vai consultar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para averiguar se houve “falha nossa” ou “sabotagem”.
“Está complicado. Tenho que conversar com ele (ministro da Educação, Abraham Weintraub) para ver o que está acontecendo. Se realmente foi uma falha nossa, se tem alguma falha humana, sabotagem, seja lá o que for”, disse, na chegada ao Palácio da Alvorada. O presidente não apresentou evidências que poderiam embasar a hipótese de sabotagem. “Temos que chegar no final da linha e apurar isso daí. Não pode acontecer isso”, acrescentou ele.
Na semana passada, Weintraub estimou que até 6 mil candidatos, ou cerca de 0,1% dos inscritos, foram afetados por um erro na gráfica contratada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep). De acordo com a pasta, uma falha na impressora provocou o descasamento de alguns cartões de resposta com os respectivos tipos de provas que os documentos deveriam corresponder.
Segundo o Ministério da Educação, a falha já foi solucionada, e todas as provas foram corrigidas corretamente. Mesmo assim, a Justiça ordenou a suspensão da divulgação do resultado do Sisu, o sistema para concorrer a vagas em universidades públicas que considera as notas do Enem. O problema também atrasou a abertura de inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni).
Segundo Bolsonaro, todas as possibilidades que ajudem a esclarecer o caso “estão na mesa”. O presidente afirmou que assumirá a culpa se a responsabilidade for do governo. “Eu quero realmente é apurar e chegar no final da linha para falar com propriedade. Se for nossa (a responsabilidade), assume. Se for de outros, mostra com provas o que houve”, afirmou.