Mesmo rodeado pelas principais lideranças mundiais na cúpula do G20, no Japão, e embrenhado na sequência de crises que batem à porta de seu gabinete, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não esquece de seu tema favorito: o nióbio, material por ele propagandeado desde os tempos em que era um deputado federal do baixo clero.
No vídeo que apresenta toda quinta-feira em sua conta no Facebook, Bolsonaro empolgou-se com um colar (1.000 dólares), dois talheres (600 dólares) e um pingente (150 dólares) feitos artesanalmente para demonstrar as potencialidades econômicas do material. O colar, segundo as contas do próprio presidente, custa mais que um semelhante feito de ouro.
“A vantagem em relação ao ouro são as cores que variam e ninguém tem reação alérgica ao nióbio. Isso custa 1.000 dólares, quase 4.000 reais. De ouro, acho que, pelo peso, valeria uns 3.000 reais no Brasil” disse, lembrando que o Brasil tem as maiores reservas do material no mundo.
Os usuários da internet, entretanto, não perdoaram a dedicação ao tema, o clima de programa de vendas pela TV e a aparente contradição em ver vantagem econômica em um produto mais caro do que o de um concorrente mais popular. Mas Bolsonaro deu o assunto por encerrado no vídeo ao anunciar que não falaria do seu segundo assunto favorito: “Não vou falar de grafeno hoje, não. Tá bom demais”.