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Em visita a Petrópolis, Dilma libera R$ 12 mi emergenciais

Prefeito Rubens Bomtempo ainda pediu o repasse de R$ 100 milhões para a reconstrução da cidade onde 33 pessoas morreram em razão das chuvas

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 mar 2013, 21h45

A visita da presidente Dilma Rousseff a Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, deve garantir o repasse emergencial de 12 milhões de reais para o município onde morreram 33 pessoas, em razão das chuvas que tiveram início no último dia 18. Segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, a liberação do valor deve ser publicado em Diário Oficial ainda nesta semana. Na quarta-feira, o prefeito Rubens Bomtempo vai a Brasília pedir o aporte desses recursos.

Mas Petrópolis precisa de muito mais. Bomtempo solicitou também ao governo federal 100 milhões de reais para a reconstrução da cidade. Os trabalhos previstos incluem recuperação de encostas, demolições de casas em locais de risco, muros de contenção e retirada de entulho. O governador Sérgio Cabral ainda aproveitou para apresentar à presidente a proposta de construir extravasor no Rio Pinhabanha, ao custo de 150 milhões de reais, de acordo com o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Leia: Governo federal decreta estado de emergência em Petrópolis

Todas as autoridades participaram da missa em homenagem às vítimas da tragédia. Considerada a estrela da celebração, Dilma chegou com quase duas horas de atraso e não quis falar com a imprensa – nem para anunciar a ajuda emergencial ao município. Durante a cerimônia, o bispo Gregório Paixão, de Petrópolis, cobrou dos políticos a solução para o problema que atinge a Região Serrana.

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“O sangue dos inocentes grita no meio da lama e da chuva pela nossa presença. O silêncio deles continua gritando para que os que estão vivos não morram na proxima tragédia”, afirmou. “Por que a tragédia continua? Uns dizem que é porque pobre ousa, constrói em lugares onde não poderia. É verdade. Mas eles não tiveram outra chance”, criticou ainda, acrescentando um recado: “Deus não fará por nós o que somos capazes de fazer”.

A visita de Dilma a Petrópolis levou em conta o efeito positivo que foi diagnosticado nesse tipo de aparição. O parâmetro foi a visita feita pela presidente a Santa Maria, no interior gaúcho, logo depois da tragédia da boate Kiss.

Radar on-line: Estar no local da tragédia favorece a presidente Dilma

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Para a visita desta segunda-feira, o terreno foi preparado no domingo, com a decretação de estado de emergência em Petrópolis. O secretário Nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, publicou no Diário Oficial a portaria de número 40, na qual o governo federal. decretou estado de emergência emPetrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, em função das chuvas que deixaram 33 mortos desde a madrugada do último dia 18. A portaria nº 40, publicada no Diário Oficial, diz que o governo federal reconhece a situação do município “em decorrência de deslizamentos de solo e/ou rocha”.

O governo federal precisou de uma semana para entender o problema: o temporal do fim da semana anterior matou 33 moradores de Petrópolis, provocou 21 pontos de deslizamento ou alagamento na cidade. Levantamento feito pela prefeitura estima em mil os desalojados.

Como se esperava, a recepção a Dilma não foi das melhores. Um grupo de cerca de 50 moradores da cidade fez uma manifestação na porta da Catedral Metropolitana, à espera da presidente. Reclamavam da falta de ações para conter a tragédia e de recursos para as pessoas que moram em áreas de risco. “Chega de omissão, queremos solução”, gritavam. Em alguns dos cartazes, lia-se “Não queremos sua oração, queremos sua ação” e “Lamentar não ressuscita”.

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Mulher do agente da Defesa Civil Paulo Roberto Filgueiras, morto em Petrópolis quando ajudava uma família de moradores de área de risco a abandonar uma residência em perigo, Jennifer Filgueiras criticou o atraso de Dilma e o que chamou de oportunismo na visita. “O luto das famílias não interessa. O que interessa é receber a presidente”, disse. “Vi meu marido ser soterrado na minha frente. Não vou parar de trabalhar. Era um projeto dele”, afirmou, sobre a ONG Anjos da Serra, que ajuda moradores em situação de risco por causa da chuva.

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