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França e Doria travam embate em São Paulo

Debate na Globo foi marcado por troca de farpas; Governador diz que campanha do ex-prefeito é baseada apenas em marketing

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 out 2018, 15h31 - Publicado em 2 out 2018, 23h25

A cinco dias do primeiro turno das eleições de 2018, a disputa pelo governo de São Paulo teve nesta terça-feira, 2, na TV Globo, seu último debate antes da votação. Participaram do encontro, mediado pelo jornalista César Tralli, sete candidatos: Márcio França (PSB), Paulo Skaf (MDB), João Doria (PSDB), Luiz Marinho (PT), Marcelo Candido (PDT), Professora Lisete (PSOL) e Rodrigo Tavares (PRTB).

Assim como nos quatro eventos anteriores, o foco dos postulantes ao Palácio dos Bandeirantes recaiu sobre as gestões do PSDB no estado, governado pelo partido desde 1995, e o tucano Doria, criticado por ter renunciado à Prefeitura de São Paulo um ano e quatro meses após tomar posse para concorrer em 2018.

O ex-prefeito e seu partido foram alvo, sobretudo, de dobradinhas feitas por Marinho e Candido. Em quatro ocasiões, o petista e o pedetista trocaram perguntas entre si a respeito dos governos do PSDB em São Paulo e os criticaram nas respostas, réplicas e tréplicas. Professora Lisete também atacava o tucano, referindo-se a ele sempre como “o candidato que abandonou a Prefeitura”.

O embate mais acalorado no encontro na TV Globo, contudo, se deu entre Márcio França e João Doria, que têm em comum a aliança com o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. O bate-boca aconteceu no quarto bloco, quando o pessebista indagou o tucano sobre sua declaração de que, em um governo seu, a polícia vai “atirar para matar”.

Doria relativizou a afirmação, dada por ele em entrevista à Rádio Bandeirantes, e alegou que se referia a “situação extrema de enfrentamento”, em que os policiais tivessem a vida ameaçada. “Comigo é polícia na rua e bandidos na cadeia”, ressaltou o candidato do PSDB, em um dos bordões de sua campanha.

Diante da resposta do ex-prefeito paulistano, Márcio França disse que João Doria e suas propostas se baseiam somente em marketing. “Eu conheço você”, criticou o governador paulista, que se irritou com interrupções do tucano e rebateu: “Você não manda nas pessoas, não meça as pessoas por você”. “Tudo que você quer ou é do seu jeito ou ninguém pode falar”, continuou França. Ele lembrou ainda a propaganda da campanha de Doria que mostrava imagens suas obeso e afirmava que “parecem dois candidatos diferentes”.

João Doria alegou que o adversário é de esquerda, foi aliado do PT e o provocou, oferecendo-lhe Maracugina, um calmante. O bate-boca continuou, com interrupções do governador à fala do ex-prefeito. “Estou respondendo a você e esclarecendo aos telespectadores que o Márcio França, do Partido Socialista Brasileiro, é um adepto da esquerda que defendeu o PT, defendeu o Lula e foi contra o impeachment da presidente Dilma”, ironizou o tucano.

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Dobradinhas ‘Bolsodoria’

Acuado pelas críticas de Márcio França, Luiz Marinho, Marcelo Candido e Professora Lisete, o tucano procurou fazer dobradinhas com Rodrigo Tavares, candidato que representa a chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão na disputa paulista. Das quatro perguntas que João Doria fez a adversários no debate, três foram a Tavares, que escolheu o tucano para responder a outras duas questões.

A parceria entre Doria e o representante de Bolsonaro, sempre com perguntas amigáveis, acontece no momento em que aliados de Alckmin detectam em São Paulo o movimento “Bolsodoria”, isto é, eleitores dispostos a votar no deputado federal para presidente e no ex-prefeito para governador. O presidenciável tucano perde para o do PSL entre o eleitorado paulista, que o elegeu três vezes governador, enquanto João Doria lidera a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes ao lado de Paulo Skaf.

A inflexão do discurso do ex-prefeito no sentido da “dureza” na segurança pública é vista como uma tentativa de aproximar seu perfil ao de Jair Bolsonaro e viabilizar sua candidatura, sobretudo entre os eleitores do interior paulista, onde o capitão reformado do Exército avançou.

Doria e Skaf, que, conforme indicam as pesquisas, devem disputar o segundo turno pelo governo de São Paulo, não tiveram embates. Os dois interagiram somente uma vez, quando o tucano questionou o emedebista sobre saneamento básico. Ambos concordaram em não privatizar a Sabesp, estatal paulista responsável pelo setor, e o emedebista criticou a gestão da empresa quanto a desperdício de água e falta de tratamento de esgoto.

Assim como João Doria, Paulo Skaf buscou acionar Rodrigo Tavares. O presidente licenciado da Fiesp fez duas perguntas ao candidato do PRTB.

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Veja como foi o debate entre candidato a governador de SP, na TV Globo:

00h48 – Termina o debate entre candidatos a governador de São Paulo na TV Globo. 


00h47 – Luiz Marinho pede voto “no time do Lula”. Ele faz um “protesto à Rede Globo” por ter negado direitos de respostas a ele e diz que a emissora “protegeu” João Doria. Marinho cita tucanos presos por casos de corrupção, como Paulo Preto, Laurence Casagrande e Eduardo Azeredo.


00h45 – Márcio França fala em “confusão na política, as pessoas cada vez mais desacreditadas” e se diz “ficha limpa”. “Eu não traio meus amigos, eu não desfaço aquilo que eu combinei”, declara o pessebista, em ataque indireto a João Doria.


00h44 – Marcelo Candido agradece ao PDT a oportunidade de ser candidato e cita Ciro Gomes, candidato do partido à Presidência da República. “São Paulo precisa de um governador equilibrado, não podemos nos abalar pela crítica que ouvimos”, diz o pedetista, em crítica indireta a João Doria.

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00h42 – Paulo Skaf pede “um voto de confiança” ao eleitor indeciso. O emedebista fala em educação, segurança, respeito a mulheres e idosos, geração de empregos e estímulo ao empreendedorismo. “Fé no homem, fé na vida, fé no que virá”, diz Skaf, citando Gonzaguinha.


00h40 – Rodrigo Tavares se apresenta novamente como “representante” da candidatura de Jair Bolsonaro em São Paulo, prega combate à corrupção e um “governo humanitário”.


00h38 – João Doria diz que abrirá mão de todos os salários de governador, assim como fez quando prefeito. Ele promete estimular mulheres empreendedoras e se diz um entusiasta de privatizações, “deixando para o estado aquilo que é essencial”. O tucano ressalta, mais uma vez, que será “duro” com a criminalidade.

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00h37 – Professora Lisete, única candidata mulher na disputa paulista, diz que nenhum dos adversários homens teve coragem de lhe fazer perguntas. Ela aproveita os últimos momentos no debate para fazer propaganda de candidatos a deputado federal e estadual pelo PSOL. O partido corre risco de ficar sem direito a fundo partidário pela cláusula de barreira.


00h35 – Começa o quinto e último bloco, destinado às considerações finais dos candidatos. 


00h31 – Termina o quarto bloco do debate na TV Globo


00h31 – Marcelo Candido retribui e destina questão sobre privatizações a Luiz Marinho. Com a bola levantada, Marinho critica a venda de geradoras de energia elétrica e empresas telefônicas à iniciativa privada em governos tucanos e indaga ao eleitor se ele está contente com a prestação de serviços. “Privatizar não significa necessariamente melhor prestação de serviços”, pondera.

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O candidato do PDT ressalta que não é totalmente contra privatizações, mas propõe que áreas estratégicas sejam preservadas. Na tréplica, o petista diz que o PSDB precariza os serviços públicos para que os consumidores passem a defender a privatização de estatais.


00h26 – Luiz Marinho escolhe novamente Marcelo Candido, com quem faz dobradinhas à esquerda. Ele questiona o pedetista sobre a gestão do PSDB nas estradas paulistas. Candido defende uma “revisão” nos contratos de concessões das rodovias para diminuir o preço dos pedágios. Ele cita o esquema de corrupção no Rodoanel, que levou tucanos à cadeia.

Marinho também propõe uma revisão das concessões para diminuir pedágios e, assim, custos de produtos escoados pelas estradas. Marcelo Candido fecha o bate bola com o petista citando sua ideia de um hidroanel metropolitano em São Paulo.


00h21 – João Doria mantém a estratégia de chamar Rodrigo Tavares a responder – assim, ele pode falar sobre suas propostas e fazer dobradinha com o adversário. O candidato do PRTB, mais uma vez, promete empregar tecnologia em todas as áreas da administração, sobretudo a Educação.

Doria fala em valorizar ETECs e FATECs para aumentar a qualificação da mão de obra jovem e, assim, gerar mais empregos.

No Twitter, a conta de Professora Lisete ironiza a obsessão de Tavares com tecnologia:


00h17 – Professora Lisete pergunta a João Doria sobre o recebimento de doação de medicamentos na Prefeitura de São Paulo em troca de isenções fiscais. Ela pediu explicações, “senão vou ter que te reprovar em matemática”. O tucano responde que não foi sua gestão a isentar os impostos dos doadores, mas o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Lisete afirma que os remédios estavam próximos à data de validade e aponta custos altos na incineração do material. O candidato do PSDB diz que a adversária está “errada” e explica que medicamentos a 90 dias da validade não podem ser usados na rede pública.


00h13 – Rodrigo Tavares indaga Luiz Marinho sobre universidades públicas estaduais. O petista propõe a criação de um “programa de permanência dos alunos” e a reserva de 50% das vagas a egressos da rede pública.

Tavares cobra mais transparência das universidades e Marinho, repetindo a ideia de divisão do estado em regiões, propõe “democratizar” a gestão.


00h08 – Bate-boca entre França e Doria

Márcio França e João Doria
Os candidatos ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB), durante debate realizado pela TV Globo – 02/10/2018 (TV Globo/Reprodução)

Márcio França cita a declaração de João Doria sobre a polícia “atirar para matar”. O tucano relativiza a afirmação e alega que se referia a “situação extrema de enfrentamento”, em que os agentes tivessem a vida ameaçada. O tucano promete blindar todos os veículos novos da polícia. “Comigo é polícia na rua e bandidos na cadeia”, repete Doria.

França diz que a campanha do adversário é baseada apenas em marketing, Doria o interrompe e os dois batem boca. “Você não manda nas pessoas, não meça as pessoas por você”, diz o governador. “Tudo que você quer ou é do seu jeito ou ninguém pode falar”, completa o pessebista, que lembra o episódio em que a campanha tucana mostrou em sua propaganda imagens suas obeso e afirmou que “parecem dois candidatos diferentes”. Doria diz que o adversário é de esquerda, foi aliado ao PT e provoca, oferecendo “maracugina” a França. O bate boca continua, com interrupções do governador ao tucano.


00h03 – Paulo Skaf questiona Rodrigo Tavares sobre ajuste fiscal. Tavares diz que a situação é “preocupante” e que “o cobertor é curto”, embora os gastos venham “em uma curva crescente e a tributação caindo”.

Skaf fala em trazer crescimento a São Paulo por meio do aumento da atividade econômica e, assim, da arrecadação de impostos. Tavares propõe a diminuição da máquina pública e a criação de empregos por meio de obras de infraestrutura.


23h58 – Começa o quarto bloco do debate. 

Etapa terá perguntas por temas sorteados pelo mediador.


23h53 – Termina o terceiro bloco do debate


23h52 – Rodrigo Tavares indaga João Doria a respeito do combate às drogas. O tucano afirma que o governo federal deve ter “controle” sobre as fronteiras e propõe “acolhimento” aos usuários de drogas e investimentos em esporte, além de “atuação muito rígida” contra facções criminosas.

Tavares critica governos do PSDB, mas Doria usa a tréplica para rebater Marcelo Cândido. Ele cita novamente a rejeição de contas do pedetista em Suzano e um “mandado de prisão” contra o adversário.


23h47 – Luiz Marinho destina questão sobre criação de empregos nas gestões do PSDB a Marcelo Candido, lembrando, novamente, ter sido ministro do Trabalho no governo Lula. Depois de ter tido negado um direito de resposta em críticas feitas por João Doria, Candido afirma que o tucano foi presidente da Embratur no governo José Sarney e, à época, foi acusado de desvio de dinheiro. Ele critica a “leviandade” do adversário, que lembrou a rejeição de contas do pedetista enquanto prefeito de Suzano.

Marcelo Candido diz que João Doria, quando à frente da Embratur, quis criar o “turismo da seca” no Nordeste.


23h43 – João Doria indaga Rodrigo Tavares a respeito de Saúde e cita programas lançados por ele enquanto prefeito de São Paulo, como o Corujão da Saúde. Tavares propõe empregar tecnologia para administrar a distribuição de medicamentos e a criação de um aplicativo para marcação de exames.

O tucano fala do programa Remédio Rápido, criado por ele na prefeitura de São Paulo, e, de novo, o Corujão da Saúde, ressaltando que expandiu o programa para cirurgias. O candidato do PRTB destaca propostas “criativas” de seu partido, como o aerotrem, eterna promessa do presidente da sigla nanica, Levy Fidélix.


23h38 – Professora Lisete escolhe “o candidato que abandonou a prefeitura”, em referência a João Doria. Ela cita declarações de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão sobre igualdade salarial entre mulheres e homens e o 13º salário e pergunta ao tucano sobre sua opinião.

Doria responde que os militares da reserva devem “rever” seus pontos de vista. Lisete declara na réplica que as mulheres não deixarão que Bolsonaro seja eleito, promete criar o “crédito lilás” para mulheres empreendedoras e permitir a discussão de gênero nas escolas, como modo de combater a violência. O tucano elogia a ideia sobre crédito a empreendedoras.


23h34 – Marcelo Candido também fará sua pergunta a Paulo Skaf. Neste bloco, é possível que cada candidato responda duas vezes. Ele indaga o emedebista sobre sua opinião em relação aos governos do PSDB.

Skaf cita problemas “gravíssimos” na educação, “seríssimos” na segurança pública e filas na saúde. “Por isso que é bom mudar”. O pedetista critica a gestão tucana em educação, saúde e segurança e diz que o PSDB retirou João Doria da Prefeitura para que ele prometesse em escala estadual tudo que havia prometido quando foi eleito prefeito.


23h29 – Márcio França diz que pretende zerar a fila de creches em São Paulo e pergunta a Paulo Skaf sobre suas metas para a área. O emedebista responde que “é fundamental dar oportunidade às mães poderem trabalhar” e lembra que a responsabilidade é dos municípios, mas ressalta que o governador “tem que cuidar de tudo”.

França concorda que é necessário ajudar as prefeituras. Ele aproveita para relacionar Skaf a Michel Temer.

“Temos orgulho do Estado de São Paulo, mas o governo do Estado de São Paulo não dá orgulho para ninguém”, rebate o emedebista.


23h25 – Paulo Skaf escolhe Rodrigo Tavares para responder sobre educação – ele aproveita a questão para criticar a gestão da área no atual governo. Tavares defende o fim da progressão continuada e a valorização das condições de trabalho e salários de professores, além de empregar tecnologia no ensino.

O emedebista propõe uma “grande reestruturação” e cita sua gestão à frente da Fiesp e instituições como Sesi e Senai. Ele promete escolas em tempo integral. Na tréplica, Rodrigo Tavares diz que vai reforçar programas de prevenção ao uso de drogas nas escolas estaduais, como o Proerd, e aproximará os alunos de suas matérias preferidas.


23h20 – Começa o terceiro bloco do debate da TV Globo

Assim como no primeiro bloco, a terceira parte do debate terá perguntas com temas livres entre os candidatos. Cada um terá 30 segundos para fazer as perguntas, 1 minuto e 30 segundos para respondê-las, 1 minuto para réplica e 1 minuto para tréplica.


23h17 – Termina o segundo bloco do debate.


23h16 – Na última pergunta do bloco, Rodrigo Tavares indaga à Professora Lisete sobre corrupção. A candidata do PSOL diz que “se instalou” na administração paulista uma “ação entre amigos”, em que serviços não são prestados, mas pagamentos são feitos. “Esta é uma forma de corrupção muito grave”, ataca.


23h12 – Márcio França questiona Rodrigo Tavares sobre o combate ao crime organizado. O candidato do PRTB fala em “fortalecer o armamento”, ampliar a presença da polícia nas ruas e “sufocar o braço financeiro” das facções, além de reduzir a “mão de obra” jovem do crime por meio de escolas em tempo integral.

O governador paulista replica dizendo que “não dá pra ficar inventando nomes de coisas, como se fosse um produto de marketing”, em crítica indireta a João Doria. Ele cita ter trinta anos de vida pública e que “fez as contas” para “dar oportunidade aos jovens”. Tavares completa classificando-se como ‘jovem, dinâmico e técnico” e cita Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão.


23h07 – Marcelo Candido indaga Luiz Marinho sobre meio ambiente. O petista volta a criticar os governos do PSDB em São Paulo e pontua que a Sabesp “comete um crime todos os dias” por desperdícios de água e o não tratamento de 45% do esgoto. Ele também cita a aplicação de agrotóxicos em lavouras no interior paulista.

Candido relaciona as áreas de habitação e agricultura à questão ambiental e fala em “ajustes a ser feitos”. Na tréplica, Luiz Marinho afirma que enquanto a Sabesp não “fizer seu papel” em tratamento de água e esgoto, não haverá distribuição de lucros e dividendos da empresa na Bolsa de Nova York.


23h03 – Paulo Skaf pergunta a Marcelo Candido sobre funcionalismo público. O pedetista afirma que São Paulo paga abaixo do salário mínimo a seus servidores e propõe a criação de planos de carreira.

Skaf classifica como “uma vergonha” uma professora ganhar 500 reais e declara que pretende valorizar, sobretudo, policiais e professores. Candido completa a dobradinha com o adversário e diz que sabe das dificuldades de valorizar os servidores devido a muitos anos de “sucateamento”.


22h58 – João Doria escolhe Paulo Skaf para responder sobre saneamento básico. Sobre a Sabesp, estatal responsável pelo setor em São Paulo, Skaf descarta privatizá-la. “O que eu critico são dois pontos: o vazamento de água, que representa 850 bilhões de litros; e ela coleta o esgoto, o que dobra o preço da conta, só que grande parte do esgoto não é tratada e é jogada nos rios”.

Doria diz concordar com o adversário e também se compromete a não vai privatizar a Sabesp. Ele propõe parcerias público-privadas para despoluir os rios Tietê e Pinheiros, com concessão de 35 anos às empresas interessadas para transporte fluvial. Na tréplica, Paulo Skaf cita 3,5 bilhões de dólares na despoluição dos rios. “Na verdade o governo gasta uma fortuna, ele limpa, mas ele suja, porque empresas estatais coletam o esgoto e não tratam”, critica o emedebista.


22h54 – Professora Lisete indaga Márcio França sobre habitação. O pessebista diz ser possível “uma grande reforma da habitação” e “grandes lotes urbanizados” no interior. Ele afirma que pretende “fazer diferente” de PT, PMDB e PSDB.

A psolista lembra que o adversário foi prefeito de São Vicente (SP) e diz que uma das cidades onde mais falta moradia é esta. Ela propõe um crédito direto à população para pagar aos poucos por imóveis da CDHU. Márcio França se defende e afirma que “as pessoas querem uma ajuda para fazer o inicial”. “Eu não tenho nenhum problema de aceitar os problemas, a diferença é que não vou ficar inventando nome, eu fiz as contas e tenho experiência”, declara.


22h49 – Luiz Marinho escolhe João Doria para responder sobre emprego e questiona sobre o “desastre” do governo Temer em relação ao número de desempregados. O tucano afirma que foram os governos de Dilma Rousseff (PT), correligionária de Marinho, que levaram o Brasil a ter 14 milhões de desocupados. Ele promete privatizações e declara que pretende atrair investimentos internacionais para gerar vagas de trabalho.

O petista lembra ter sido ministro do Trabalho no governo do ex-presidente Lula e afirma que o único feito de Doria como prefeito de São Paulo foi ter sido condenado por improbidade administrativa. “Um feito inédito”, provoca Marinho. Na tréplica, João Doria diz que Luiz Marinho tem “problema de amnésia” e cita as prisões de Lula e outros petistas, responsáveis pelo que ele chama de “maior esquema de corrupção da história mundial”. “Vocês assaltaram a Petrobras, roubaram dinheiro público”, rebate o tucano.


22h44 – Começa o segundo bloco do debate. 

Etapa terá perguntas por temas sorteados pelo mediador.


22h40 – Termina o primeiro bloco do debate da Globo.


22h40 – Luiz Marinho questiona Professora Lisete sobre a opinião dela a respeito dos 24 anos de governos tucanos em São Paulo. “De fato ninguém aguenta mais”, responde a psolista, ressaltando a área da educação e salários “mais dignos” aos professores. “O que temos visto é um absurdo, a qualidade do ensino é terrível, vem decaindo dia a dia”, ataca. Ela também cita a área da segurança e afirma que foi “desmontada”; para Lisete, a situação da Saúde paulista é “gravíssima”.

Marinho afirma que pretende atuar junto às prefeituras e dividir o estado em regiões para repartir o orçamento. Ele promete dobrar o salários dos professores em quatro anos. Na tréplica, a candidata do PSOL fala sobre a aprovação da PEC do teto de gastos, pelo governo Temer, e defende ser necessário “superá-la”, assim como a reforma trabalhista.


22h37 – Paulo Skaf questiona Luiz Marinho sobre segurança pública, particularmente sobre a atuação do crime organizado dentro dos presídios. O petista critica os governos do PSDB, que comandam São Paulo desde 1995, e diz, sem citar o tucano João Doria: “Será que o governador deles é tão incompetente e ele é tão melhor que o governador dele?”. Sobre a pergunta de Skaf, Marinho promete uma força-tarefa de investigação submetida ao gabinete do governador.

Paulo Skaf cita um assalto a uma delegacia no estado e o roubo de quase 1 tonelada de maconha. “A polícia está largada, na polícia militar os coletes à prova de balas são compartilhados, não adianta promessa, por que que não fez?”, critica o emedebista. Na tréplica, Marinho associa Skaf ao governo do presidente Michel Temer e acusa o governo federal de reduzir direitos de trabalhadores e não criar empregos.


22h31 – Dando continuidade a seu discurso duro na área da segurança, João Doria diz que pretende “colocar a polícia na rua”, criar batalhões e pergunta a Rodrigo Tavares sobre suas propostas para a área. O candidato do PRTB promete aumento salarial aos policiais e uma “segurança pública integrada” com o governo federal e municípios, além de investimentos em tecnologia.

O tucano, em sua réplica, afirma que a “tecnologia ajuda a evitar o crime” e diz que pretende criar delegacias da mulher, auxiliadas por um aplicativo à disposição das paulistas. Doria também propõe “delegacia padrão poupa tempo” e funcionando 24 horas, além de “prisioneiro na prisão”, sem as “saidinhas” em feriados.

“Sufocar os braços financeiros do crime organizado é fundamental”, declara Rodrigo Tavares na tréplica. Ele também defende novas políticas para os sistema prisional que não transformem “um ladrão de galinha em assaltante de banco”.


22h27 – Márcio França indaga a Marcelo Candido sobre suas propostas para a habitação. O pedetista responde que a área é sua prioridade e defende a proposta de que, além de construir casas, o estado atue na regularização fundiária. “É preciso regularizar, evidentemente não permitindo que as pessoas permaneçam em áreas de risco”, diz Candido.

França lembra o incêndio no edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, em maio, e afirma que a situação é “inaceitável”. Ele promete um cartão com 8.000 reais para as pessoas empregarem na construção e montagem de moradias. Na tréplica, Marcelo Candido diz que São Paulo pode ser “referência” na área da habitação e cita como exemplo os subsídios do governo federal ao setor. “Assim vamos falar de direito à cidade e não só à unidade habitacional.”


22h22 – Professora Lisete diz que perguntará “ao candidato do Temer”, em referência ao emedebista Paulo Skaf. Ela cita políticos do MDB presos, como Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, e pergunta a Skaf sobre sua opinião em relação aos governos de emedebistas no Brasil. Ele responde que “todos os partidos políticos estão desgastados”. “Eu sou o candidato a governador, se eu for eleito, eu serei o governador”, esquiva-se Paulo Skaf, que fala sobre sua gestão à frente da Fiesp.

Lisete rebate e afirma que o adversário não respondeu a sua pergunta e se diz “orgulhosa” de pertencer ao PSOL. Skaf critica o sistema político e a lógica eleitoral de fazer coligações. “Não aceitei coligação nenhuma, estou livre e solto para, se eleito, montar o melhor governo que São Paulo já viu”, diz o emedebista.


22h18 – Marcelo Candido questiona Márcio França sobre a segurança em São Paulo e cita a declaração de João Doria de que, em seu governo, a polícia vai “atirar para matar”. França, como costuma fazer nos debates, se apresenta como “novo governador” do estado e descreve seu currículo político. Ele lembra ter homenageado a policial militar Kátia Sastre, que matou um bandido que faria um assalto em frente a uma escola em Suzano (SP). “Não dá pra confundir isso com violência solta”, pondera.

Candido replica citando dados sobre homicídios de pessoas negras no país. “A polícia não pode ser orientada a matar”, critica. Na tréplica, Márcio França cita investimentos em tecnologia e valorização salarial dos policiais como metas, caso eleito.


22h14 – Rodrigo Tavares pergunta a Doria sobre suas propostas para a Saúde. O tucano responde que tem um programa para as Santas Casas, promete criar 88 unidades de saúde e apoiar os sistemas das prefeituras, além da expansão do Corujão da Saúde, que ele lançou enquanto prefeito de São Paulo, para o interior paulista.

Na réplica, Tavares diz que o PSDB já teve sua oportunidade e “nada fez”. Ele se apresenta como candidato que tem apoio de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão na disputa pelo governo de São Paulo.

Doria afirma que vai investir em tecnologia para melhorar o atendimento na saúde e cita a proposta do prontuário eletrônico, a que Rodrigo Tavares fez referência.


22h08 – O primeiro a perguntar é Rodrigo Tavares, que dirigirá sua questão a João Doria.


22h06 – O primeiro bloco do debate terá perguntas com temas livres entre os candidatos. Cada um terá 30 segundos para fazer as perguntas, 1 minuto e 30 segundos para respondê-las, 1 minuto para réplica e 1 minuto para tréplica.


22h05 – Começa o debate ao governo de São Paulo na TV Globo


21h51 – Todos a postos

Os sete candidatos ao governo de São Paulo que participarão do debate na TV Globo já estão no estúdio da emissora, assim como o mediador, César Tralli.


20h55 – Doria engravatado 

Para o debate de hoje, João Doria abriu mão de seu já tradicional veto ao uso de gravatas – ele dispensou o adereço nos encontros anteriores, na TV Bandeirantes, RedeTV!, Gazeta e Record. O tucano chegou aos estúdios da TV Globo em São Paulo ostentando uma gravata azul-claro.


20h10 – O primeiro a chegar

O candidato do PRTB, Rodrigo Tavares, foi o primeiro a chegar aos estúdios da TV Globo em São Paulo para o debate desta noite. No encontro entre candidatos na RedeTV!, no início da campanha, Tavares protagonizou um momento constrangedor e “travou” diante das câmeras em meio a um embate com o petista Luiz Marinho. Ele classificou a própria gafe como “piripaque do Chaves”.

Depois de Rodrigo Tavares, chegaram à sede da emissora na capital paulista, nesta ordem, Marcelo Candido, Marinho, Márcio França, Professora Lisete, João Doria e Paulo Skaf.


20h05 – Os líderes Skaf e Doria na mira

Debate RedeTV! – João Doria e Paulo Skaf

O emedebista Paulo Skaf tem sido associado por adversários ao impopular presidente Michel Temer e a políticos do MDB envolvidos em esquemas de corrupção, como o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral; o tucano João Doria é atacado por ter renunciado à prefeitura de São Paulo após um ano e quatro meses no cargo para concorrer ao governo estadual, além de receber críticas pelos 24 anos de gestões do PSDB no estado.

Leia análise aqui.


20h02 – A ordem dos candidatos no estúdio

Debate Globo – SP

Os sete candidatos ao governo de São Paulo estarão dispostos na seguinte ordem no estúdio da TV Globo, da esquerda para a direita: Paulo Skaf (MDB), Professora Lisete (PSOL), João Doria (PSDB), Márcio França (PSB), Marcelo Candido (PDT), Rodrigo Tavares (PRTB) e Luiz Marinho (PT). O mediador do debate, César Tralli, ficará entre França e Candido.


20h01 – O formato do debate na Globo

O debate na TV Globo terá cinco blocos: no primeiro e no terceiro, os candidatos fazem perguntas entre si com temas livres; na segunda e na quarta partes, as questões terão temas específicos, que serão sorteados pelo mediador; o quinto e último bloco é reservado às considerações finais.

Os candidatos terão 30 segundos para fazer as perguntas, 1 minuto e 30 segundos para respondê-las e 1 minuto para réplica e tréplica.


20h00 – Como assistir aos debates estaduais

A TV Globo transmitirá nesta terça-feira os debates para os governos de 25 estados e do Distrito Federal. O encontro entre os concorrentes ao governo do Rio Grande do Sul será nesta quarta-feira, 3.

Saiba aqui como assistir aos debates.


20h00 – Todas as pesquisas para presidente e governador

Veja aqui os resultados das pesquisas Ibope e Datafolha da corrida eleitoral 2018 para a Presidência da República e os governos de todos os estados e do Distrito Federal.


20h00 – A ordem de votação na urna eletrônica

Eleições - Urna
(Reprodução/Divulgação)

Nos próximos dias 7 e 28 de outubro, os eleitores vão escolher o novo presidente do Brasil e os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal. Também serão escolhidos os 1.059 deputados estaduais das Assembleias Legislativas do país, os deputados federais que vão ocupar as 513 cadeiras da Câmara e dois terços dos 81 senadores, que ficarão os próximos oito anos no Congresso.

Leia aqui qual é a ordem de votação na urna eletrônica.


20h00 – A urna eletrônica e o caminho do voto

Conheça como as urnas eletrônicas são preparadas para o dia das eleições e o caminho do voto desde a tecla “Confirma” até a apuração pela Justiça Eleitoral.


20h00 – Guia do voto: O que você precisa saber antes de ir às urnas

Guia do voto
(Arte/VEJA)

Relembre aqui data e horário da votação e saiba quais documentos levar, como justificar a ausência nas eleições e qual a diferença entre os votos nulo e branco.

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