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Em novos ataques, Bolsonaro diz que Fachin quer que Lula seja presidente

Governante disparou em sua live semanal contra o presidente do TSE, que nesta sexta afirmou que resultado das eleições é 'inegociável'

Por Da Redação Atualizado em 29 Maio 2022, 08h58 - Publicado em 27 Maio 2022, 22h00
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  • O presidente Jair Bolsonaro voltou, nesta sexta-feira, 27, a fazer ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em sua live semanal, o governante chamou o magistrado de “militante de esquerda” e afirmou que Fachin “colocou Lula para fora da cadeia” para que o petista virasse presidente.

    Bolsonaro tem feito ataques frequentes ao processo eleitoral brasileiro, mirando a apuração do TSE e as urnas eletrônicas, e também aos ministros do STF mais diretamente ligados ao pleito – o ex-presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, o atual, Edson Fachin, e o futuro, Alexandre de Moraes, alvo do presidente também por ser relator no STF de inquéritos incômodos ao governo e ao bolsonarismo.

    Em sua live, além de afirmar que Fachin foi um “militante de esquerda”, Bolsonaro citou os votos do magistrado nos processos que resultaram na anulação das condenações de Lula na Operação Lava-Jato e, sem provas, afirmou que a motivação do ministro do STF era ver o petista presidente.

    “Ele (Fachin) botou o Lula para fora. Agora, botou para fora só para vê-lo livre? Porque ele (Lula), segundo o STF, é elegível – então ele disputa as eleições. O que a gente entende para o lado de cá é que ninguém vai botar o cara para fora, com condenações grandes em três instâncias, simplesmente para ficar passeando por aí”, disse Bolsonaro. “(Fachin) Colocou para fora, no meu modesto entendimento, é para (Lula) ser presidente da República.”

    Em discurso nesta sexta, durante evento promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, Fachin afirmou que aceitar o resultado das eleições é “expressão inegociável da democracia”. O presidente do TSE acrescentou que o Brasil “tem eleições limpas, seguras e auditáveis”.

    Segundo a coluna Radar, um encontro – oficial e público – entre Fachin e advogados de Lula levantou suspeitas de teor conspiratório em Bolsonaro e no general Walter Braga Netto. De acordo com Cristiano Zanin, advogado do petista, porém, a conversa tratou de “ameaças contra o candidato”.

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