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Em depoimento, Adélio diz que desistiu de matar Bolsonaro

O esfaqueador do presidente disse para a Polícia Federal que agora só deseja voltar a ter "uma vida normal"

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 out 2019, 20h25 - Publicado em 31 out 2019, 20h04

O ex-servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira desistiu de matar o presidente Jair Bolsonaro. Desde quando foi preso em flagrante, em setembro de 2018, o autor do atentado em Juiz de Fora, Minas Gerais, vinha reafirmando que um dia iria concretizar a sua missão de executar o seu adversário. Em depoimento prestado à Polícia Federal nesta quinta-feira, 31, o esfaqueador disse que mudou de planos e que agora “não pensa mais em atentar contra a vida do presidente Jair Messias Bolsonaro”. Ele também afirma que poupará o ex-presidente Michel Temer, que também estava na sua mira.

Adélio Bispo foi ouvido pelo delegado da PF Rodrigo Morais Fernandes na condição de testemunha dentro da penitenciária de segurança máxima de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O ex-servente de pedreiro foi questionado a respeito do conteúdo de uma carta enviada a Bolsonaro por um companheiro de cela. Na correspondência, o iraniano Farhad Marvizi dizia que o esfaqueador não havia desistido de matar o presidente e que outras pessoas teriam ajudado a concretizar o ataque durante as eleições do ano passado.

Para esclarecer os fatos, a PF decidir ouvir as versões de Marvizi, Adélio e outras testemunhas do presídio federal. O ex-servente de pedreiro esclareceu que esteve por 27 dias com o iraniano na ala de saúde da penitenciária. Nesse período, Marvizi tentava convencer o esfaqueador a “delatar um possível mandante do crime que praticou”. Segundo Adélio, o iraniano sugeria “a participação de políticos” como “Aécio Neves, Dilma (Rousseff) e (o ex-presidente) Lula”. Em seu depoimento, o ex-servente de pedreiro afirmou que nunca mencionou qualquer nome e “reafirmou que agiu, sozinho, sem apoio de ninguém”.

Adélio também negou que tenha recebido meio milhão de reais para executar Bolsonaro e que mantinha qualquer relação com membros de organização criminosa antes de realizar o ataque em Juiz de Fora. Ele também afirmou que só teve contato com integrantes de facções após ter sido preso.

Em seu depoimento, o ex-servente ainda lamentou que tenha recebido diversas cartas de desconhecidos, repudiando o atentado, e disse que “nunca respondeu a nenhuma delas”. Adélio garante que só deseja uma coisa agora: “Sair do sistema prisional e voltar a ter uma vida normal”.

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