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Eleição no ES opõe, de novo, Casagrande e Hartung

Os dois principais nomes da política estadual, aliados até 2014, batalham por seus candidatos em Vitória

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 ago 2016, 14h06 - Publicado em 27 ago 2016, 14h00

No Espírito Santo, estado onde o arco de alianças costuma ser elástico e diferenças partidárias se rendem à conveniência, o governador Paulo Hartung (PMDB) montou em sua primeira gestão, em 2003, um bloco partidário amplo o suficiente para desarmar qualquer oposição. Assim ele e aliados permaneceram praticamente sem confronto até 2014, quando o próprio Hartung rompeu o acordo: em vez de apoiar o parceiro e então governador Renato Casagrande (PSB) na busca da reeleição, tornou-se ele mesmo candidato. Ganhou tanto a disputa quanto, pela primeira vez em doze anos, um duro opositor. A eleição para prefeito da capital, Vitória, é reflexo do cabo de guerra entre os dois nomes fortes do estado. De um lado, o atual prefeito Luciano Rezende, do PPS, tenta a reeleição com apoio de Casagrande. De outro, o apresentador de TV Amaro Neto, do Solidariedade, e Lelo Coimbra, do PMDB, contam com Hartung a seu lado (sim, ele apoia dois candidatos, e isso é comum na política local).

“Estamos vivendo uma espécie de terceiro turno”, diz Roberto Simões, cientista político da Universidade Federal do Espírito Santo. Os dois políticos fazem questão de mostrar força em Vitória – o que pelo menos deixa a situação na capital mais clara do que nas demais cidades capixabas. “Fora da grande Vitória, as alianças são uma torre de babel”, diz Simões. Há municípios com 15 000 habitantes em que 31 siglas apresentaram candidatos. As alianças partidárias desafiam qualquer lógica – em uma dezena de cidades, PMDB, PT e DEM estão juntos.

Leia também: Quem são os candidatos à prefeitura de Vitória

Apoiar vários candidatos sem aparecer na campanha era a estratégia de praxe antes da cisão, porque dilui o risco de perder e facilita a aproximação com quem vence. Casagrande usou e abusou da tática em 2012. Mas agora, sem mandato, precisou colar seu nome ao de Rezende. “Farei como tenho feito no Brasil todo pelo PSB, que é defender um candidato que tem responsabilidade”, apregoa.

Hartung tomou o caminho de sempre e desde o início inflou várias candidaturas, com o propósito de garantir a eleição de um aliado. Sofreu um revés, porém: Luiz Paulo Vellozo, do PSDB, principal nome de oposição a Rezende, retirou-se do páreo, descontente com a proliferação de concorrentes. Neste momento, o embate que se desenha é entre Rezende e o deputado estadual Amaro Neto. O resultado, seja qual for, terá reflexos em 2018, quando Casagrande e Hartung em pessoa voltarão a se enfrentar nas urnas.

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