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Eleição municipal ajudou a derrubar Eduardo Cunha

O próprio Cunha reconheceu o peso da disputa no resultado - e criticou votação às vésperas do pleito

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 set 2016, 07h30 - Publicado em 13 set 2016, 07h30

Faltando menos de vinte dias para as eleições, a cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou na agenda dos principais candidatos a prefeito na disputa deste ano. Parlamentares que tentam chegar ao Paço Municipal de suas bases lotaram o plenário nesta segunda-feira e renderam 73 votos pela perda do mandato daquele que já foi um dos mais influentes políticos da atualidade. Eduardo Cunha foi cassado por 450 votos favoráveis, dez contrários e nove abstenções.

Logo no início de sua defesa, Cunha reconheceu o peso da disputa: disse que o processo tinha natureza “puramente política” e ressaltou o fato de os congressistas estarem “debaixo das eleições”, dada a proximidade do pleito. “Para algumas pessoas, faltar hoje seria normal. Para mim, não seria. O pior dos mundos seria eu não estar aqui. É preciso ter personalidade e posicionamento”, disse o candidato a vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta (PMDB). Ele votou pela cassação de Cunha.

 

 

Nenhum candidato deu voto contra a perda do mandato de Cunha. O máximo que o peemedebista conseguiu foi a ausência de dois de seus fieis aliados: Washington Reis (PMDB-RJ), candidato a prefeito de Duque de Caxias (RJ), e Sérgio Moraes (PTB-RS), candidato a prefeito de Santa Cruz do Sul (RS), não compareceram à sessão desta segunda.

A mesma fidelidade ele não encontrou de Manoel Júnior (PMDB-PB), um conhecido membro da “tropa de choque” enquanto o processo por quebra de decoro tramitava no Conselho de Ética e que chegou a ser cotado para ministro da Saúde à época em que Cunha ainda emplacava aliados no governo de Dilma Rousseff. Candidato a vice-prefeito de João Pessoa (PB), Júnior acabou votando pela cassação do ex-presidente da Câmara.

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Capitais – Candidatos nas principais capitais também impulsionaram a queda de Cunha. Líder na disputa pela prefeitura de São Paulo, Celso Russomano (PRB) chancelou a cassação. Seus adversários – Luiza Erundina (PSOL), Major Olímpio (SD) e Bruno Covas (PSDB) – também deram voto favorável.

O mesmo cenário se repetiu no Rio de Janeiro: Alessandro Molon (Rede) e Jandira Feghali, conhecidos rivais de Cunha, aproveitaram os holofotes para subir à tribuna para defender a cassação do peemedebista. Ex-secretário Executivo de Governo do Rio, Pedro Paulo (PMDB) reassumiu o mandato apenas para votar nesta noite.

Candidatos em Belo Horizonte, Eros Biondini (PROS), Jô Moraes (PCdoB), Marcelo Álvaro Antônio (PR), Reginaldo Lopes (PT) e Rodrigo Pacheco (PMDB) também apoiaram a queda de Cunha.

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