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DJ diz que foi hackeado por Delgatti e que ele era simpatizante do PT

Gustavo Santos disse à PF ser investidor de criptomoedas e que não sabia da onde vinha a renda de "Vermelho"

Por Da redação
Atualizado em 27 jul 2019, 15h59 - Publicado em 27 jul 2019, 13h08

Um dos quatro presos na Operação Spoofing, o DJ Gustavo Elias Santos relatou em depoimento à Polícia Federal que também foi hackeado pelo amigo Walter Delgatti Neto, a quem conhece há onze anos. Segundo Santos, Delgatti lhe contou que ele invadiu as conversas do ministro da Justiça, Sergio Moro, e, “para se vangloriar”, compartilhou o link de matérias jornalísticas sobre o assunto. O depoimento foi prestado no dia 24 de julho e foi divulgado na íntegra pelo portal G1 neste sábado.

O DJ, que disse ser empresário investidor de “várias carteiras” de criptomoedas, também contou à PF que Delgatti era “simpatizante” do Partido dos Trabalhadores, e que pretendia vender o conteúdo para integrantes da sigla. Ele, no entanto, afirmou não saber se houve algum tipo de pagamento por isso.

Também em depoimento à PF, Walter Delgatti admitiu ter invadido as contas autoridades da República no aplicativo Telegram, mas que “nunca recebeu qualquer valor, quantia ou vantagem” por ter entregue o material com diálogos ao jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil. Quem intermediou o contato com ele e o jornalista americano foi a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB), cujo contato foi obtido na agenda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no Telegram, a qual ele também disse ter invadido.

O DJ deixou claro que não teve nenhuma relação com os hackeamentos. Que, inclusive, alertou Delgatti de que isso poderia “dar problema”, tendo em vista a repercussão do caso. A PF estima que pelo menos 1000 pessoas tiveram contas invadidas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o procurador da República Deltan Dallagnol, a deputada Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

À Polícia Federal, a namorada de Santos, Suelen Priscila de Oliveira, que também foi presa, afirmou que não tem nenhum conhecimento sobre os ataques hacker e que o dinheiro apreendido em sua casa – 100.000 reais – é fruto do trabalho de Santos com a comercialização de bitcoins, a compra e venda de veículos e a realização de shows semanais como DJ.

Outro que prestou depoimento foi o motorista de Uber Danilo Marques. Ele afirmou que não sabia de nada sobre a invasão das conversas das autoridades e que Delgatti nunca havia comentado sobre isso com ele. Os dois se conhecem desde 2002, quando jogavam juntos Counter Strike nas lan houses de Araraquara (SP). O contrato de aluguel do apartamento onde Delgatti morava em Ribeirão Preto, assim como as suas contas de luz e água, estavam no nome de Marques. Ele também emprestou o seu nome para o amigo movimentar uma conta bancária, e fez, a pedido dele, operações de câmbio em corretoras no Rio de Janeiro, São Paulo e Natal. Ao todo, Marques afirmou  ter comprado 3.000 dólares a pedido de Delgatti, que não revelou a origem do dinheiro e dizia querer morar nos Estados Unidos.

 

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