O divórcio do vice-presidente Michel Temer com a presidente Dilma Rousseff e o PT deve refletir negativamente nos planos do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de segurar o PMDB na sua aliança eleitoral no ano que vem. Com aval de Temer e do ex-presidente Lula, Haddad alçou o ex-deputado Gabriel Chalita, que não concorreu à reeleição e pretendia se dedicar exclusivamente à literatura neste ano, ao cargo de secretário de Educação. A ideia era que ele fosse candidato a vice-prefeito na chapa de Haddad. Mas isso não deve ocorrer no PMDB. Dirigentes do partido só falam em candidatura própria – e no nome da senadora Marta Suplicy, ex-petista. Chalita ainda é lembrado protocolarmente como possível candidato por ter sido o quarto colocado em 2012 e ajudado a eleger uma bancada de quatro vereadores. Integrantes dos diretórios nacional e estadual, e assessores de Temer avaliam que o secretário-escritor, além de não controlar mais o diretório municipal que ele mesmo preside, “não tem mais espaço para permanecer no PMDB”. Não de hoje, ele procura um partido para se filiar e se manter na canoa de Haddad. (Felipe Frazão, de Brasília)