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Diretor da PF diz que ainda tenta localizar Pizzolato

Pedido de extradição depende de localização do mensaleiro. Ministro da Justiça afirma que alternativa é enviar processo à Justiça italiana para novo julgamento

Por Gabriel Castro, de Brasília
4 dez 2013, 18h32

O diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disseram nesta quarta-feira que as autoridades brasileiras ainda não sabem a localização de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil que fugiu do país para não ser preso pela condenação no julgamento do mensalão.

Cardozo e Daiello estiveram na Câmara dos Deputados em audiência para explicar a conduta de ambos no encaminhamento das denúncias sobre o suposto envolvimento de políticos do PSDB, DEM e PPS com o cartel no metrô de São Paulo. A audiência pública reuniu parlamentares de três comissões: Constituição e Justiça (CCJ), Fiscalização Financeira e Controle e Segurança Pública.

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Pizzolato – Durante a reunião, a dupla foi questionada também sobre a atuação das autoridades no caso Pizzolato. Cardozo disse que o pedido de extradição só pode ser feito após a localização do condenado, o que ainda não foi feito. Além disso, ele afirmou que aguarda uma decisão da Justiça: “Sem que o Judiciário tome qualquer medida a respeito, a Polícia Federal não pode fazer nada, porque se fizer age com abuso de poder”.

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Daiello disse que a PF nem sequer tem certeza de que Pizzolato, que tem cidadania italiana, de fato deixou o país – como foi anunciado por seu advogado. “Não temos a confirmação de onde ele está, mas trabalhamos com várias hipóteses”, declarou, acrescentando que a corporação faz buscas no Brasil e no exterior.

O ministro da Justiça também disse que, se a extradição fracassar, caso Pizzolato esteja mesmo em território italiano, o último recurso será pedir que ele seja julgado novamente pela Justiça da Itália: “A alternativa será uma contribuição voluntária do Estado brasileiro, e encaminharemos à Itália cópias do processos do para que a Justiça italiana o processe”.

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Cartel – Cardozo voltou a afirmar que não houve irregularidades no procedimento adotado por ele após receber um material anônimo com denúncias sobre o cartel. O petista disse que o material chegou até ele pelas mãos do deputado estadual Simão Pedro (PT). A cartaé atribuída a Everton Rheinheimer, ex-diretor da Siemens. O documento menciona irregularidades ocorridas em governos do PSDB.

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Os deputados José Aníbal (PSDB-SP) e Arnaldo Jardim (PPS-SP), cujos nomes constam do dossiê, protestaram contra o vazamento das informações e criticaram a conduta do ministro no episódio. “Eu estou sendo vítima de uma grande sacanagem. Já estou condenado”, disse Jardim.

Aníbal afirmou acreditar que o deputado Simão Pedro é o autor do documento com as acusações. Os tucanos acusam o petista de ter adulterado a versão em português da carta atribuída a Rheinheimer – a versão em inglês, afirmam, não contém referências a políticos do PSDB. O ministro da Justiça, entretanto, afirma que a carta em português não é uma tradução, mas um documento diferente.

“Ele consolidou isso aí, inclusive com essa relação promíscua que ele deve ter passado a ter com esse bandido chamado Everton”. O tucano também criticou a forma com que Cardozo recebeu o material do deputado: em sua casa, em um encontro informal, num sábado.

Aníbal licenciou-se do cargo de secretário de Energia de São Paulo para reassumir o mandato na Câmara e poder confrontar Cardozo. Ele também disse que o vazamento de parte das acusações foi agendado para o momento propício: “O momento propício foi cinco dias após a prisão dos mensaleiros”.

Cardozo disse que apenas cumpriu seu dever: “Uma denúncia que tem fartos documentos, não sei se verdadeiros ou não, que tem narrativas que não sei se correspondem à verdade não pode deixar de ser encaminhada ao Ministério da Justiça”.

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Já no fim da sessão, houve um intenso bate-boca entre tucanos e petistas. A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) diz ter sido ofendida pelo tucano Duarte Nogueira (SP) – que, após a parlamentar defender o ministro, lembrou que ela já foi namorada de Cardozo. “O coração tem razões que a própria razão desconhece”, disparou o tucano.

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