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Dilma sinaliza que mínimo pode ser maior do que 545 reais

Centrais sindicais não aceitam redução da alíquota do IR como moeda de troca

Por Luciana Marques
25 jan 2011, 16h20

Pressionada pelas centrais sindicais, a presidente Dilma Rousseff resolveu abrir espaço para as negociações em torno do valor do salário mínimo. Apesar de a equipe econômica ter anunciado que editará uma medida provisória elevando o salário mínimo para 545 reais, a presidente Dilma pode dar margem a um valor um pouco superior, chegando a 550 reais.

Já está nas mãos da presidente um levantamento elaborado pelo Ministério da Fazenda sobre o impacto do aumento do salário mínimo e da correção da tabela do Imposto de Renda (IR) no orçamento da União. O material servirá como subsídio para convencer as centrais de que as contas do governo não fecharão caso o mínimo seja de 580 reais, como exigem os movimentos.

Dilma solicitou os dados após encontro com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, nesta segunda-feira. A reunião, que durou a tarde inteira, foi uma espécie de preparação para o encontro do ministro com os sindicatos marcado para esta quarta.

Contas públicas – Pelos cálculos do governo, cada real adicional no valor do mínimo implicará em um gasto de 280 milhões de reais a mais nas contas públicas. A preocupação com o aumento das despesas levou o governo a usar a redução da alíquota do IR em 6,46% como manobra para negociar o valor do mínimo. As centrais, no entanto, rejeitaram a proposta. “Não vamos aceitar troca. Na verdade é um absurdo a correção não ter ocorrido até agora e os 580 reais têm como fundamento a diminuição do PIB de 2009, que não pode cair no colo dos aposentados”, avaliou Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

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Ao lado da UGT, representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical também defendem o valor de 580 reais para o mínimo. Ainda que o governo considere a quantia inviável, não será intransigente na mesa de negociações. A presidente Dilma não pretende acirrar ainda mais a disputa com os sindicatos no início de seu governo.

Ricardo Patah, no entanto, avalia que a briga já foi comprada. “No governo Dilma vai ser mais difícil a gente receber qualquer tipo de sinalização relativa a essas questões que estamos pleiteando. O presidente anterior, por conta de sua relação com movimento sindical, era mais acessível”, afirmou. Para o presidente da UGT, o governo tem anunciado decisões sem consultar as centrais e demorou muito para iniciar as negociações.

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