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Dilma diz olhar para manifestações com ‘tranquilidade’

No Rio, presidente diz que governo 'esgotou recursos para combater crise mundial' e evidencia preocupação com violência em atos nas capitais

Por Felipe Frazão 12 mar 2015, 17h41

A três dias das manifestações programadas em ao menos 52 cidades, a presidente Dilma Rousseff tentou minimizar nesta quinta-feira a tensão que cerca o Palácio do Planalto e disse que encara com “tranquilidade” a mobilização pela sua saída do cargo.

“Manifestação no Brasil, a gente tem de olhar com absoluta tranquilidade. Todas as pessoas têm o direito de se manifestar, de criticar quem quer que seja”, disse a presidente. “Eu sou de uma época, sempre falo isso, em que a gente não podia se manifestar. Quando a gente se manifestava, a gente ia preso. Depois, prenderam quem estava fazendo qualquer declaração. O Brasil se fechou. Era um Brasil ditatorial. O que aconteceu? O povo brasileiro foi para as ruas, foi brigar e conseguiu transformar uma das maiores ditaduras na época numa das maiores democracias do mundo.”

Ela lembrou ter sido presa política durante a ditatura militar para contextualizar seu posicionamento. O Palácio do Planalto e o PT foram surpreendidos no início desta semana com a extensão do panelaço durante o pronunciamento presidencial na TV e com as vaias a Dilma em uma feira da construção civil em São Paulo.

Dilma participou nesta quinta da entrega de obras na zona portuária do Rio de Janeiro e também comentou as manifestações governistas convocadas para esta sexta-feira por movimentos sociais e sindicatos ligados ao PT como tentativa de se contrapor aos atos de domingo.

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O possível encontro de grupos organizados pró e anti governo em cidades como São Paulo, que causa apreensão nas forças policiais, fez a presidente pedir que os protestos transcorram “sem violência”. Dilma lembrou de episódios lamentáveis que marcaram a onda de protestos no país a partir de junho de 2013, como a morte do cinegrafista Santiago Andrade – atingido na cabeça por um rojão disparado por black blocs – e a reincidente depredação de patrimônio público e privado por vândalos mascarados. “Eu só acho isso, pode se manifestar, deve manifestar, faz parte do crescimento do país, faz parte do aprimoramento da nossa cidadania. Agora, sem violência. A manifestação é boa para o país, a violência, não.”

Antes de comentar as manifestações, Dilma voltou a defender o ajuste fiscal promovido pelo governo federal – uma das causas dos protestos – e reconheceu, mais uma vez, a desaceleração da economia. Assim como fez durante toda a campanha eleitoral de 2014 e em seus pronunciamentos neste ano, Dilma justificou as medidas como uma consequência da crise econômica mundial e afirmou que o governo tentou preservar o emprego e manter as taxas de crescimento por meio do subsídio ao crédito e da desoneração fiscal. “Nós esgotamos todos os nossos recursos de combater a crise que começou lá em 2009”, afirmou. “Nós trouxemos para as contas públicas e orçamento fiscal da União os problemas que de outra forma recairiam sobre a sociedade e os trabalhadores.”

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