Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Deputados do PSL tentam retirar apoio a projeto ‘anti-Mourão’

Apresentada por deputado petista, PEC prevê convocação de novas eleições caso o presidente da República deixe o cargo

Por Da Redação
Atualizado em 31 Maio 2019, 14h45 - Publicado em 31 Maio 2019, 10h41
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Sob pressão das redes sociais bolsonaristas, dezesseis dos 172 deputados que subscreveram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pelo PT para impedir o vice de assumir o mandato em caso de afastamento do titular, tentam voltar atrás em seu apoio à proposta. Nos últimos dias, eles ingressaram com requerimento pedindo que fossem retiradas suas assinaturas.

    Publicidade

    A PEC, que recebeu apoio de sete deputados do PSL, partido de Jair Bolsonaro, prevê eleições diretas três meses após o afastamento do presidente, prefeito ou governador, seja qual for a circunstância. Nesses casos, o vice só ficaria no cargo durante esse período. A proposta não deixa brecha para que ele assuma o posto depois desse prazo. A emenda foi apelidada de “anti-Mourão”, em referência ao vice-presidente Hamilton Mourão, que já entrou em atrito com a família Bolsonaro.

    Publicidade

    Até agora, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já negou dez pedidos de retirada das assinaturas, sob a alegação de que a proposta está tramitando. Diante desse obstáculo, o líder do Podemos, Diego Garcia (PR) — um dos arrependidos — se movimenta em busca de 87 deputados que se disponham a apoiar um requerimento para retirar de circulação a proposta do deputado Henrique Fontana (PT-RS).

    O petista classificou a PEC como uma medida “anticonspiração”. “Se ela já tivesse sido aprovada, o Temer não seria presidente”, disse ele, em alusão a Michel Temer, que assumiu a Presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

    Publicidade

    Após a proposta ser divulgada, porém, vários deputados disseram ter se enganado. Na lista dos que retiraram as assinaturas, estão General Girão (RN), Major Fabiana (RJ) e Daniel Silveira (RJ), todos do PSL, que apresentaram a mesma justificativa por ter ajudado o PT a levar a PEC adiante.

    “Não me recordo com exatidão do momento em que assinei”, escreveram. A deputada Major Fabiana disse ainda que jamais apoiaria um projeto que “desnatura” o papel do vice. “Certamente fui induzida a erro quando abordada para assinar essa proposição.”

    Publicidade

    Esta não é a primeira proposta com o mesmo teor tramita no Parlamento. Em 2017, a Comissão de Constituição, Justiça (CCJ) da Câmara aprovou um parecer favorável a uma PEC apresentada pelo então deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) no ano anterior, quando Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment e foi substituída por Michel Temer (MDB).

    A PEC 227/2016 foi parar nos arquivos da Câmara com o fim da legislatura anterior, mas foi desarquivada nesta quinta-feira, 30, a pedido do deputado Bohn Gass (PT-RS).

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    (Com Estadão Conteúdo)


    PODCAST FUNCIONÁRIO DA SEMANA

    Ouça o episódio abaixo e os detalhes da trajetória o vice-presidente Hamilton Mourão.

    Publicidade

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.