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Depois da comemoração, presidente eleita Dilma descansa, mas começa a discutir a transição e as primeiras viagens

Primeiro compromisso no exterior deverá acontecer já no sábado, ao lado de Lula, na África. Um dia antes, primeira reunião da equipe de transição

Por Da Redação
1 nov 2010, 11h17

Questionado pelos jornalistas se sua ida à casa de Dilma serviria para continuar festejando, Palocci respondeu que “a comemoração foi ontem; agora tem que trabalhar”

Depois da festa da vitória, o início da transição. A presidente eleita Dilma Rousseff se reúne com alguns de seus mais importantes aliados e assessores desde a manhã desta segunda-feira, em sua casa, em Brasília. De acordo com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, a reunião informal serviu para definir a agenda de Dilma daqui em diante. Além de Dutra, estão no local o deputado federal Antonio Palocci – apontado como possível homem forte do próximo governo -, o assessor Marco Aurélio Garcia, o ex-ministro Patrus Ananias, o ex-chefe de gabinete da Casa Civil Giles Azevedo, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, Alessandro Teixeira, que, ao lado de Garcia, coordenou o programa de governo de Dilma, e o coordenador de campanha José Eduardo Cardozo.

Garcia – que foi um dos principais auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda não tem papel definido na equipe de Dilma – afirmou que a presidente eleita deverá comandar a sua primeira reunião de transição de governo na sexta-feira. Até lá, deverá misturar períodos de descanso com alguns encontros estratégicos. A coordenação política dessa transição ficará por conta de Dutra, Cardozo e Palocci, que estiveram à frente de toda a campanha e devem liderar o grupo. A presidente eleita deve viajar na tarde de terça ou na manhã de quarta para descansar, segundo sua assessoria.

Durante a manhã, Dilma retornou as ligações feitas por chefes de estado durante o domingo, parabenizando a petista por sua vitória. Os assessores de Dilma não confirmaram os nomes dos mandatários com os quais ela conversou. À tarde, Dilma retornará as ligações de autoridades sul-americanas e também do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Ela está dando o retorno a quem telefonou quando ela não pode atender”, disse Dutra. Sobre o encontro de Dilma com Lula, depois da confirmação da vitória e do início das comemorações, o presidente do PT afirmou apenas que o presidente estava feliz. Palocci afirmou que o encontro desta segunda dá início, de fato, à preparação da agenda para a transição – foi questionado pelos jornalistas se sua ida à casa de Dilma serviria para continuar festejando, e respondeu que “a comemoração foi ontem; agora tem que trabalhar”. Dutra também deixou claro que a presidente eleita não terá muita folga: um repórter perguntou se ela iria descansar, e o presidente do PT avisou: “Provavelmente, mas já temos que discutir a agenda dela”.

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Conforme o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, outro petista com boas relações com Dilma, a presidente eleita vai descansar nos próximos dias e, no fim de semana, retomar suas atividades. E isso vai significar acompanhar Lula numa série de viagens ao exterior. Bernardo esteve com Lula e Dilma no Palácio da Alvorada, onde os dois se encontraram para comemorar a vitória. A primeira viagem, informou o ministro, deverá ser no sábado, para Moçambique. Dilma também vai acompanhar o presidente em um encontro do G20 em Seul, na Coreia do Sul. A reunião é muiro aguardada porque deve confirmar a ampliação do papel dos países em desenvolvimento na estrutura do Fundo Monetário Internacional (FMI) – uma mudança que abre caminho para o Brasil ganhar participação maior na gestão do fundo.

Além das viagens à África e Ásia, Dilma deve acompanhar Lula em outras oito viagens até o fim do mandato do atual presidente – e, conforme os petistas, a dupla deve dar prioridade aos vizinhos de continente, com prováveis visitas à Argentina e ao Chile. Entre os convites à presidente eleita, um já chama atenção: o do presidente da Bulgária, Gueorgui Parvanov, que chamou Dilma a visitar o país de origem de seu pai, Petar Roussev. Ele deixou a Bulgária em 1929 e passou pela França e pela Argentina antes de se instalar no Brasil com o nome de Pedro Rousseff. Ainda nesta segunda-feira, Dilma Rousseff deverá conceder algumas entrevistas que já tinham sido combinadas antes do resultado das eleições. Não deve, porém, participar de nenhuma coletiva de imprensa neste primeiro dia como presidente eleita do país.

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