Delator no mensalão do DEM complica Jaqueline Roriz
Durval Barbosa relatou à PF ter feito mais de um repasse de dinheiro à deputada
O delator do esquema de corrupção no Distrito Federal, Durval Barbosa, disse ao Ministério Público que fez outro repasse entre 30.000 e 50.000 reais, “a título de propina”, para a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), além dos 50.000 reais cuja entrega foi gravada em vídeo por ele. O esquema de corrupção no DF foi revelado a partir da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2009.
Segundo Barbosa – que foi secretário nos governos de Joaquim Roriz e de José Roberto Arruda -, esse novo repasse foi feito ao marido de Jaqueline, Manoel Neto, a pedido da própria deputada.
Os valores foram entregues dias depois da gravação do vídeo, relata o depoimento: “Em outra oportunidade, em data que não se recorda, Manoel Neto, representando Jaqueline Roriz, compareceu ao gabinete do depoente, oportunidade em que recebeu entre 30.000 e 50.000 reais das mãos do depoente”, descreve o documento. “Valores que também haviam sido recolhidos junto aos prestadores de serviço de informática do governo.”
As declarações foram dadas no dia 13 de janeiro ao Ministério Público do DF e integram o inquérito da Polícia Federal, a cujo teor o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso. O jornalprocurou Jaqueline, mas não a encontrou para comentar o teor do depoimento de Durval Barbosa. Em nota divulgada quando o vídeo foi revelado, a deputada alegou que o dinheiro entregue por Barbosa era recurso não contabilizado de campanha. Ela, porém, nunca falou sobre a origem do dinheiro.
(Com Agência Estado)