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Decisão do STF é vista como vitória pelo Planalto

O presidente Michel Temer comemorou a 'retomada da normalidade institucional' com a permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado

Por Da redação
Atualizado em 8 dez 2016, 09h18 - Publicado em 8 dez 2016, 09h16
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  • A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Senado representou uma vitória do Palácio do Planalto, que atuou para salvar o aliado desde segunda-feira, logo após a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello. Temer estava satisfeito com a “retomada da normalidade institucional”, que considera fundamental para devolver estabilidade política ao país e criar condições para o crescimento.

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    Mantido no cargo, Renan telefonou para o presidente Michel Temer e confirmou para a próxima terça-feira a votação do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos e é considerada um dos pilares do ajuste fiscal. Também está na pauta a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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    O Planalto tenta ainda desconstruir a tese de que houve um “acordão” com o Supremo. “Não é acordão, mas entendimento entre Poderes”, disse um auxiliar. A fórmula encontrada pelo Supremo foi costurada com a ajuda do Planalto, ao longo de terça-feira, quando Renan, depois de se recusar a receber a notificação para se afastar da presidência do Senado, se reuniu com o presidente.

    O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que a decisão do Supremo foi muito positiva. “A partir de agora as votações ocorrerão sem sobressaltos”, afirmou. “Claro que tudo isso deixa sequelas, mas é muito bom ter essa questão resolvida de forma razoável.” Para um assessor do presidente, o importante é afastar o clima de crise entre os Poderes. “Na política, vaca voa.”

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    Temer estava em seu gabinete, no terceiro andar do Planalto, acompanhando a votação com a TV ligada, entre uma audiência e outra. Em todas as conversas, reiterou que a decisão do STF foi “a mais acertada”, já que a garantia da votação da PEC do Teto é “fundamental para o país”.

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    O presidente insistiu em que o momento é de “atravessar a ponte” e tentar sair da recessão. Se a decisão não fosse essa, a avaliação era de que poderia haver um baque no mercado, com queda das bolsas, nova alta do dólar e fuga de investidores. Mais cedo, ao sair de uma cerimônia, Temer já havia dito que “seguramente” a PEC seria votada na terça-feira.

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    A liminar deferida pelo ministro Marco Aurélio Mello que afastou Renan do cargo foi considerada como “excessiva” pelo governo. Segundo assessores, a decisão monocrática provocou instabilidade “inaceitável” e “desnecessária”. Isso porque Temer pretende viajar para o exterior, o que o obrigaria a transmitir o cargo para seu sucessor.

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    Mesmo em caso de ausência, o terceiroo na linha sucessória seria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A única viagem que poderia ocorrer até a saída de Renan do cargo, em fevereiro, seria para Davos, entre 16 e 20 de janeiro, mas não há previsão na agenda.

    Derrota

    A equipe de Temer também avalia que o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), “contribuiu muito” para o desfecho do imbróglio. A decisão do STF, contudo, foi uma derrota para o PT, que esperava ter Viana no comando da Casa para dificultar a votação da PEC do Teto.

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    Viana disse que trabalhou para que Renan ficasse na presidência do Senado em nome da estabilidade do país. “Eu advoguei neste caso em meu desfavor e procurei ajudar para que não houvesse ruptura entre os Poderes”, afirmou o petista.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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