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De generais a Bolsonaro: a peregrinação do pai de Mauro Cid

De acordo com pessoas próximas, o general Mauro Lourena Cid está nervoso, abalado e busca apoio para tentar reverter a prisão do filho

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2023, 08h33 - Publicado em 20 Maio 2023, 09h11
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  • PRISÃO - Mauro Cid: a polícia suspeita que o coronel falsificou os cartões de vacinação dele e do presidente
    PRISÃO - Mauro Cid: a polícia suspeita que o coronel falsificou os cartões de vacinação dele e do presidente (Alexandre Cassiano/Agência O Globo/.)

    Desde a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o seu pai, o general Mauro Lourena Cid, entrou em campo em busca de reverter a situação.

    Tido como um conhecido e respeitado general do Exército, Mauro Lourena Cid, que estava morando no Rio de Janeiro, mudou-se provisoriamente para Brasília e já teve conversas com diversos generais e militares de outras patentes. Ele tenta, principalmente, saber que tipo de ajuda as Forças Armadas poderiam dar.

    Como mostrou reportagem de VEJA, a prisão de Cid causou irritação no meio militar. Segundo interlocutores, o comandante do Exército, Tomás Paiva, não foi previamente informado da operação. Militares afirmam que, apesar de não ser uma regra, é praxe o Exército ser avisado no dia anterior de operações em áreas militares, como a que Cid mora, o que não aconteceu.

    Outros órgãos envolvidos, no entanto, souberam da ação. O próprio diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, avisou o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, na noite de 2 de maio, que haveria uma operação no dia seguinte sobre as fraudes em cartões de vacina.

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    Recentemente, o pai de Mauro Cid foi pessoalmente ao QG do Exército, em Brasília, onde conversou com o chefe de gabinete do comandante Tomás Paiva para obter mais informações sobre o processo.

    O Exército tem duas avaliações: considera desproporcional o tenente-coronel estar respondendo a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) e sequer ter alguma instância para recorrer da ação. Há, por outro lado, o reconhecimento de que o ex-ajudante de ordens extrapolou suas funções, se “encantou” por Bolsonaro e que deve responder pelas eventuais irregularidades cometidas. Durante audiência na Câmara na última quarta-feira, 17, o comandante Tomás Paiva disse que a prisão ocorreu “dentro da lei” e que o Exército não comenta decisão da Justiça.

    O general Mauro Lourena Cid conversou também com o ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem serviu na mesma turma no Exército. Em entrevista a VEJA, Bolsonaro defendeu seu ex-ajudante de ordens, disse ter “carinho” por ele e considerá-lo um filho.

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    Em outro aceno à família Cid, uma pessoa próxima a Bolsonaro esteve nos últimos dias tanto com o general quanto com o tenente-coronel, preso em um Batalhão de Polícia do Exército. A cela do tenente-coronel tem 16 metros quadrados, uma cama, armário, janelas gradeadas e um sentinela na porta.

    Pessoas que conversaram com o pai do ex-ajudante de ordens relatam que ele está abalado, triste e demonstrando preocupação não apenas com o filho, mas com a esposa dele, Gabriela Cid, que também é investigada pela Polícia Federal. O general buscou diversas bancas de advogados e acabou optando por trocar a defesa de Mauro Cid, antes comandada pelo advogado Rodrigo Roca, ligado à família Bolsonaro.

    O tenente-coronel Mauro Cid está preso desde o dia 3 de maio no âmbito de um inquérito sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Mensagens obtidas por meio da quebra do sigilo do celular do militar mostram que ele atuou para fraudar o sistema do Ministério da Saúde e obter certidões falsas de vacinação contra a Covid-19.

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    O ex-auxiliar de Bolsonaro foi à PF na última quinta-feira, 18, mas optou por ficar em silêncio durante o depoimento, já que não teve acesso ao conteúdo da perícia de seu celular.

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