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Datena tem quatro propostas para se candidatar a prefeito de SP

Ainda que desagrade Bolsonaro, apresentador vê com bons olhos possível chapa no PSB com vice Márcio França, ex-governador e amigo

Por Luís Lima
Atualizado em 10 jan 2020, 16h27 - Publicado em 10 jan 2020, 16h15

O apresentador José Luiz Datena (sem partido) tem quatro propostas em estágio mais avançado para se lançar como candidato à prefeitura de São Paulo. Representantes do PSB, PP, MDB e Republicanos o procuraram nas últimas semanas para convencê-lo de que é um candidato competitivo, com chances concretas de vencer o pleito este ano. A ideia que mais o agrada é uma chapa com o amigo Márcio França (PSB) como vice. Além da relação de proximidade, contribui o “recall” que o socialista tem como ex-governador de São Paulo. Em contra, joga o espectro político, mais à esquerda, do partido de França, que frustraria um de seus principais conselheiros: o presidente Jair Bolsonaro.

“É claro que o Bolsonaro mantém uma posição distinta. (…) Ele sempre foi muito legal comigo. É presidente e é político. Mas acho que entenderia”, disse o apresentador do programa Brasil Urgente, da Band, em entrevista a VEJA, por telefone. Bolsonaro, a quem Datena define como um homem com “boas ideias” foi a primeira pessoa a sugerir a ideia para que concorresse à prefeitura de São Paulo este ano, mesmo sem apoio. Uma possibilidade, descartada por questões práticas, seria a de se lançar pelo Aliança pelo Brasil, partido fundado por Bolsonaro. Apoiadores do presidente recolhem assinaturas para homologar a legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas isso não deve acontecer a tempo de disputar as eleições municipais deste ano.

O apresentador ainda não bateu o martelo. Sua principal certeza no momento é a dúvida e o temor de que uma candidatura ao poder Executivo seja mais arriscada do que concorrer ao Legislativo em um futuro próximo. “Já me disseram para esperar o Senado para entrar de forma gradativa (na política). Essa é minha dúvida. Se não for candidato a prefeito agora, com certeza serei ao Senado nas próximas eleições”, atesta. No Senado, Datena teria outros 80 colegas para dividir a mesma Casa. A visibilidade seria menor do que ser prefeito da maior cidade brasileira, assim como a pressão e as cobranças.

Em 2016, quando pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PP, Datena retirou sua candidatura, atribuindo a desistência às denúncias de corrupção que afetavam a sigla na Operação Lava Jato. Em 2018, quando pré-candidato ao Senado pelo DEM, também desistiu a pouco mais de três meses do pleito, ao alegar que não seria o momento adequado e pressão familiar. Desta vez, diz que a novela não vai se repetir: se resolver ser candidato, não recuará.

O apresentador vê uma “ânsia de mudança” na população brasileira e avalia que o momento polarizado da política fortalece os que não são extremistas: nem tão à esquerda, nem tão à direita. “A política está sendo depurada”, avalia. “Todas as variáveis apontam para que eu não seja candidato, a não ser uma vontade de entrar na política, ajudar de algumas forma, fazer algo de diferente e sair da zona de conforto”, completa.

A esposa do apresentador, Matilde Foresto Datena, costuma alertar que governar São Paulo “não é brincadeira, é uma zeladoria”. Mas ele confia: aposta que com uma boa bancada de vereadores, um secretariado competente e um vice de confiança, seria viável governar São Paulo. Ainda este mês, diz que tomará uma decisão definitiva sobre ser ou não cabeça de alguma chapa ser vice está fora de cogitação.

Pessoas próximas ao ex-governador Márcio França confirmam a disposição dele em ser vice de Datena, mas dizem que o socialista é reticente sobre a real intenção do apresentador em se candidatar. Um dos motivos é justamente o cálculo político da relação custo-benefício entre se lançar agora ou esperar para tentar uma vaga ao Senado.

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