Cunha oficializa candidatura à presidência da Câmara
Ao lado de Henrique Eduardo Alves, líder peemedebista prega autonomia da Casa e diz que Legislativo não pode ser submisso ao Palácio do Planalto
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), lançou nessa terça-feira sua candidatura à Presidência da Casa de forma “irreversível” e pregando a independência da Casa em relação ao governo. A eleição vai ocorrer em 1º de fevereiro, quando os eleitos para a nova legislatura vão tomar posse.
Leia também:
PT lança contra-ataque à candidatura de Eduardo Cunha
Dor de cabeça para Dilma: Eduardo Cunha é reconduzido à liderança do PMDB na Câmara
Cunha, que frequentemente contraria os interesses do PT, promoveu um ato no Salão Verde da Câmara para, segundo ele, deixar claro que sua candidatura não tem volta. “Essa candidatura é irreversível. Aconteça o que acontecer, será levada a plenário em 1º de fevereiro de 2015”, declarou, ao lado de parlamentares do partido.
O peemedebista enfatizou que seu objetivo é manter a independência que, na avaliação dele, a Casa teve durante a gestão de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o atual presidente. “Aqui não tem um candidato que defenderá a oposição ou será submissa ao governo”, afirmou. Cunha citou como exemplo a votação do decreto que criaria os conselhos populares, pautada por Henrique Eduardo Alves contra a vontade do governo. A proposta foi derrubada, contrariando a presidente Dilma Rousseff.
Eduardo Cunha disse que vai conversar com todas as forças da Câmara. Henrique Eduardo Alves foi eleito com o apoio de quatorze partidos. Cunha disse que busca uma aliança ainda maior. “Ninguém pode ser candidato por vontade de um único partido ou um único projeto.”
O atual presidente da Câmara participou do ato e defendeu o colega. Ele também pregou a autonomia da Casa: “Quanto melhor a oposição, melhor há de ser o governo”, afirmou.
A candidatura de Eduardo Cunha já recebeu os apoios do PSC e do SD, e agora pretende conversar com outros partidos. Já nesta semana, ele vai iniciar suas viagens para conversar com parlamentares em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul.
O PT, que também pretende lançar seu candidato, ainda não decidiu o nome que enfrentará o deputado do PMDB.