Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cunha arquiva três pedidos de impeachment contra Dilma

Presidente da Câmara aponta erros formais e falta de indícios em documentos formulados por advogados e designer gráfico

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 set 2015, 13h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou mais três pedidos de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Ainda faltam dez pedidos para serem analisados, entre os quais o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo, ex-petista, e Miguel Reale Júnior. Nos bastidores, o peemedebista combinou com partidos de oposição que também vai arquivar o pedido de impeachment redigido por Bicudo e Reale Jr., mas nesse caso os oposicionistas vão recorrer da decisão e dar continuidade ao processo que pode culminar com o afastamento de Dilma.

    Publicidade

    Um dos pedidos arquivados é o formulado pelo advogado Marcelo Pereira Lino. Ele afirma que a Petrobras foi “sistematicamente surripiada por ex-funcionários e agentes políticos que, em verdadeira associação criminosa, dela desviaram quantia exuberante”. O autor diz que, a Dilma, na condição de presidente, “não poderiam passar despercebidos os atos de corrupção na estatal e diversos pagamentos de propinas para a celebração de contratos vultuosos, mesmo porque ela detinha e detém a prerrogativa de escolha do presidente da estatal, a ela subordinado”. Lino argumenta ainda Dilma contribuiu para que dinheiro da corrupção fosse desviado para sua campanha à reeleição. Para o presidente da Câmara, porém, “o denunciante não demonstrou minimamente a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes de responsabilidade atribuídos à denunciada”.

    Publicidade

    Leia mais:

    ‘Dilma não governou até agora e não vai governar até o final’

    Publicidade

    Cunha também arquivou dois pedidos porque os denunciantes deixaram de informar o título de eleitor no documento. Segundo ele, dessa maneira, “não é possível aferir se ele está ou não no gozo de seus direitos políticos”. Essa foi a justificativa que derrubou os pedidos feitos pelo advogado Pedro Lagomarcino, que conseguiu 16.950 assinaturas de apoio, e do designer gráfico Paulo Rogério Caciji.

    Continua após a publicidade

    Para Pedro Lagomarcino, o governo Dilma é protagonista de “crimes continuados” iniciados no escândalo do mensalão. Ele pedia o impedimento da petista, por exemplo, pelas suspeitas de financiamento ilegal da campanha de reeleição, pelo alto custo dos estádios para a Copa do Mundo, pelo envolvimento dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci no escândalo do petrolão e pelas descobertas da Operação Porto Seguro, que flagrou tráfico de influência praticado pela ex-chefe de gabinete de Lula em São Paulo Rosemary Noronha.

    Publicidade

    Paulo Rogério Caciji, por sua vez, sustentava que Dilma cometeu crime de responsabilidade da petista com o pagamento do governo cubano no programa Mais Médicos, pela distribuição de emendas parlamentares preferencialmente a aliados políticos, e a “conivência” de Dilma com o escândalo do petrolão, além de “esconder dos eleitores os problemas da crise que o Brasil já enfrentava” durante as eleições do ano passado.

    Pela lei, cabe ao presidente da Câmara definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment. Mas, nos bastidores, a articulação é para que a decisão final das principais solicitações de afastamento seja transferida ao Plenário, onde os partidários do impeachment dizem ter votos suficientes para iniciar o processo.

    Publicidade

    O roteiro idealizado por Eduardo Cunha é que ele analise monocraticamente até três solicitações de impeachment por semana até chegar, no final de outubro ou início de novembro, ao pedido considerado mais forte e encampado pela oposição, que leva a assinatura de Bicudo e Reale Jr. Cunha não admite publicamente, mas o cronograma de avaliação dos pedidos conta com a possibilidade de a situação política do governo Dilma se agravar, principalmente com as decisões do Tribunal de Contas da União sobre as chamadas pedaladas fiscais e pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre irregularidades na campanha à reeleição.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.