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Cristiane Brasil: sofro campanha difamatória para impedir posse

Após novas acusações, deputada divulga nota e pede à ministra Cármen Lúcia que STF 'julgue o mais rápido possível' recurso por nomeação

Por Da Redação Atualizado em 5 fev 2018, 18h06 - Publicado em 5 fev 2018, 18h06

A deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) afirmou nesta segunda-feira que vem “sofrendo uma campanha difamatória” que busca impedir sua posse no Ministério do Trabalho. Com a indicação para o comando da pasta suspensa há um mês, ela afirmou que está sendo julgada “política e não juridicamente” e que tem “a ficha limpa”.

Sem citar novos fatos que pesam sobre a sua biografia, a deputada se debruçou, em nota, sobre o processo que levou à suspensão da sua posse, baseado em uma condenação em ação trabalhista movida por um ex-motorista.

Movido por dois advogados, que questionam a moralidade da nomeação de uma pessoa processada nesta esfera da Justiça para o comando da pasta do Trabalho, o processo chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na Corte, a presidente Cármen Lúcia decidiu vetar a posse até que o plenário do STF se manifeste sobre o caso, o que não tem prazo para acontecer. Dizendo não “dever mais nada à Justiça Trabalhista”, Cristiane Brasil pediu à ministra Cármen Lúcia “que julgue o mais rapidamente essa questão”.

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“Preciso que o STF decida essa questão, para que eu possa seguir minha vida política”, argumentou. Filha do presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, a parlamentar afirma que “não poupará esforços para provar que não cometi nenhuma ilicitude”. Até o momento, o presidente Michel Temer (MDB), que nomeou a deputada para o cargo, tem dado sinais de que manterá a nomeação até a decisão pelo Supremo.

Não devo mais nada à Justiça Trabalhista. Estou sendo julgada política e não juridicamente. Tenho a ficha limpa. Mas, infelizmente, o meu julgamento superou essa esfera. Preciso que o STF decida essa questão, para que eu possa seguir minha vida política

Cristiane Brasil, deputada federal (PTB-RJ)

No sábado, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que a parlamentar é investigada em um inquérito que apura se ela e seu ex-cunhado, o deputado estadual do Rio Marcus Vinícius (PTB), pagaram para traficantes do bairro Cavalcanti, na Zona Norte da capital fluminense, para ter o direito exclusivo de fazer campanha na região nas eleições de 2010.

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Já no domingo, o programa Fantástico, da TV Globo, reproduziu a gravação de uma reunião em 2014, quando Cristiane Brasil era secretária especial do Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio e discutia o pleito daquele ano com servidores. Na conversa, ela ameaça os funcionários dizendo que eles perderiam o emprego se ela não fosse eleita deputada federal.

Ela chega a estimular que os servidores utilizassem prerrogativas dos cargos para arregimentar votos: “Eu preciso de uma coisa que está na mão de vocês agora, que é a credibilidade junto ao idoso, é a amizade que eles têm com vocês, é o carinho que eles têm com vocês no dia a dia”. Marcus Vinícius também está na reunião e pede votos para sua segunda eleição para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

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Ao programa da TV Globo, Cristiane Brasil afirmou que ela “não foi ouvida no inquérito e nega contato com criminosos”. A deputada também disse “desconhecer” o áudio e alega que “jamais infringiu qualquer norma ética ou jurídica relacionada às eleições”. Marcus Vinícius disse que “em 2010, prestou esclarecimentos” sobre o inquérito e que, por também desconhecer, “não pode se manifestar sobre o suposto material”, a respeito da gravação.

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