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CPI planeja fazer hoje acareação entre Costa e Cerveró

Ida do ex-diretor de Abastecimento da estatal ao Congresso foi aprovada pelo juiz Sergio Moro. Ele, contudo, pode se recusar a falar – como já fez

Por Da Redação
2 dez 2014, 06h48

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras planeja para esta terça-feira uma acareação entre os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró, da Área Internacional, e Paulo Roberto Costa, de Abastecimento. O comparecimento de Costa na comissão foi determinado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na primeira instância. Costa cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro. A determinação judicial prevê que a Polícia Federal tome as providências para a escolta de Costa até Brasília.

Em VEJA desta semana: A água está chegando ao pescoço

A solicitação para a presença de Costa foi do deputado Enio Bacci (PDT-RS) e aprovada na reunião da CPMI realizada em 18 de novembro. O senador José Pimentel (PT-CE), líder do PT no Congresso, votou contra a acareação.

Na mesma sessão os parlamentares aprovaram a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ele é apontado pelo doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiários da quadrilha instalada na Petrobras. Foram 12 votos favoráveis e 11 contrários.

Também foi aprovada na comissão a convocação de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal. Indicado pelo ex-ministro José Dirceu para o cargo, que ocupou entre 2003 e 2012, ele foi preso na última sexta-feira em mais uma etapa da Operação Lava Jato. Duque é investigado por integrar o esquema bilionário de desvios em contrato da Petrobras com empreiteiras e outras companhias. Os recursos eram usados para abastecer caixas do PT, PP e PMDB.

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Em depoimento à Justiça Federal no Paraná, Costa afirmou que os diretores da Petrobras recebiam 3% do valor dos contratos com grandes empreiteiras de propina para beneficiar principalmente três partidos – PP, PMDB e PT. Ele já foi à CPMI no dia 17 de setembro e não respondeu a nenhuma pergunta. Repetiu várias vezes que não tinha “nada a declarar”. A estratégia de manter-se calado estava associada ao acordo de delação premiada que o ex-diretor firmou com a Justiça.

Pouco antes do depoimento de Costa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avisou que “a lei que disciplina a questão da delação premiada impõe sigilo a todos os envolvidos”, o que impediria que Costa falasse aos deputados.

Cerveró já negou, em um depoimento anterior à CPMI, ter conhecimento de qualquer esquema de desvio de recursos. O ex-diretor foi um dos principais responsáveis pela aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, cuja compra causou prejuízo de centenas de milhões de dólares à Petrobras.

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