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CPI é marcada por brigas e pedido de indiciamento de governador do AM

Fausto Júnior apontou responsabilidade do governador do Amazonas, Wilson Lima, e do relator da CPI, Omar Aziz, na crise da saúde no Estado

Por Da Redação 29 jun 2021, 20h26

A sessão desta terça-feira, 29, da CPI da Covid teve o depoimento do deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (MDB-AM) e foi marcada por brigas entre amazonenses e cobranças de indiciamento do governador do estado, Wilson Lima (PSC).

Fausto Júnior apontou, no depoimento, responsabilidade do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), na crise da saúde no Estado. Afirmou que houve “promíscua mistura de corrupção e incompetência” na crise. “Acredito que havia, sim, recursos. A questão é como esse recurso foi empregado”, disse o deputado.

Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, apontou um suposto esquema de corrupção envolvendo empresas privadas e agentes públicos no Amazonas. Ele afirmou que a comissão do Senado vai quebrar os sigilos bancário e fiscal de empresas e acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a conselheira Yara Lins dos Santos, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), mãe de Fausto Júnior.

De acordo com Aziz, o suposto esquema de corrupção livrou Wilson Lima do indiciamento. “Você teve a oportunidade, como relator, de indiciar o governador do Amazonas por prevaricação, por uso de verba. Estou falando em corrupção, estou falando em advocacia administrativa, estou falando em benefícios, por isso, senhores senadores, senhoras senadoras e o povo do Amazonas, por isso é que o governador não foi indiciado”.

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O deputado estadual respondeu que estava sendo ameaçado de prisão pelo presidente da CPI da Covid. Aziz afirmou que a conselheira Yara Lins, mãe de Fausto, precisa ser investigada por ter sido presidente da corte de contas e relatora do julgamento da aplicação de verbas estaduais na saúde. “Minha mãe é uma pessoa honrada, uma servidora pública de carreira. Não tem nenhuma mácula. Pode investigar, pode quebrar o sigilo da empresa que for, não temos o que temer”, disse Fausto Junior.

Durante o depoimento, o deputado estadual afirmou que o próprio Aziz, ex-governador do Amazonas, tinha participação na crise da saúde e deveria ser indiciado pelos pagamentos indenizatórios — feitos sem licitação — durante o período que governou o Estado. Aziz reagiu afirmando que o simples registro de repasses não era indício de corrupção e insinuou que Fausto Junior poderia ter sido beneficiado para poupar Lima, a seu ver, mas não desenvolveu a acusação por inteiro. Ao fim da audiência, o senador disse que o deputado que “não indiciou o governador porque há, por traz disso, muitas coisas que o Amazonas vai descobrir e o Tribunal de Contas e a PGR vão ter que tomar providências”.

A CPI da Saúde do Amazonas estendeu-se de maio a setembro do ano passado, apurando irregularidades em contratos da secretaria estadual de Saúde entre 2011 e 2020.

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