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CPI do BNDES pede informações ao banco, mas evita quebras de sigilo

Presidente do colegiado abriu novas frentes de trabalho e criou quatro sub-relatorias, comandadas por deputados aliados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Por Da Redação
18 ago 2015, 18h50
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  • Em sua segunda sessão deliberativa, a CPI do BNDES aprovou nesta terça-feira quinze requerimentos que pedem uma série de informações ao banco, entre elas a relação de todos os contratos firmados em apoio a projetos desenvolvidos no exterior. O colegiado, no entanto, evitou a aprovação de quebras de sigilo – requerimentos com esse conteúdo sequer entraram em pauta.

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    Durante a votação, deputados governistas pediram que o BNDES fique autorizado a não enviar materiais classificados como sigilosos. O pedido foi feito em meio à análise de requerimentos que solicitavam as atas de reuniões de conselhos e o inteiro teor de documentos, como os relacionados ao financiamento da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Para os aliados do governo, o compartilhamento desses documentos poderia trazer uma lacuna que implicasse na quebra de sigilo.

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    “Eu não quero acreditar na inocência do BNDES de enviar dados sigilosos sem que a CPI peça”, ironizou o presidente do colegiado, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), que classificou a medida como desnecessária. Os deputados acordaram que vão aguardar o banco compartilhar as informações solicitadas e, caso algum material seja omitido, vão decidir se pedem ou não a quebra de sigilo.

    Temendo o vazamento de informações, Rotta procurou autores de requerimentos de quebras de sigilo solicitando que os pedidos se transformassem em transferência de sigilo, o que garantiria que os documentos fiquem guardados em local reservado e sejam examinados exclusivamente por integrantes da CPI do BNDES. Os congressistas devem fazer o ajuste e os pedidos podem ser pautados na próxima semana.

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    Tropa de choque – Nessa segunda sessão da CPI, ficou evidente a tropa de choque escalada pelo governo para segurar as investigações, que podem levar a gestão petista a um novo escândalo de corrupção. O time é formado principalmente pelos deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Édio Lopes (PMDB-RR). Ao longo da reunião, o trio foi responsável pelos questionamentos em torno da quebra de sigilo e de uma série de manobras protelatórias, como pedidos de verificação de votos.

    Em contrapartida, o presidente do colegiado abriu novas frentes de trabalho e criou quatro sub-relatorias que serão comandadas por deputados aliados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que criou a CPI do BNDES logo após romper com o governo. Estarão à frente das sub-relatorias os deputados André Moura (PSC-SE), Alexandre Baldy (PSDB-GO), André Fufuca (PEN-MA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ). Ao justificar a ampliação dos trabalhos, Rotta disse que há muitas informações a serem investigadas e que é necessário maior suporte para a comissão. Ele negou que a medida retire poder de investigação do relator, o deputado José Rocha (PR-BA).

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